Incontinência urinária: problema atinge mais de 70% das mulheres em todo o mundo

Cerca de 20% dos diagnósticos são registrados em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%

Foto: Divulgação

Um problema frequente tem dado dor de cabeça para muitas mulheres em todo o mundo. Trata-se de um incômodo íntimo e que, em alguns casos, pode até causar vergonha em quem passa por isso: é a incontinência urinária, também popularmente chamado de "xixi involuntário".

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres em todo o mundo. Cerca de 20% dos casos são registrados em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%. Apesar de ser mais frequente em mulheres, vale lembrar que os homens não estão naturalmente imunes ao problema.

Em entrevista ao programa Fala ES, exibido na TV Vitória/RecordTV, na última terça-feira (30), a professora Marilza Barbosa contou que sofre com a incontinência urinária e que descobriu o problema recentemente. Ela lembra que, no início, achou que fosse algo relacionado à idade.
"Eu achei que fosse a 'idade chegando', mas eu acredito que tenha sido pelo trabalho sempre em sala de aula. Professoras normalmente tem um período muito curto de sair da sala, ir ao banheiro e voltar para a sala, mas um dia a casa cai", contou a profissional.

A incontinência urinária pode ser causada por diversos fatores

O ginecologista Luiz Alberto Sobral explica que inúmeras causas podem ser a raiz para a incontinência urinária. Desde um diagnóstico de diabetes até mesmo uma simples bexiga cheia.
"A incontinência urinária pode ter muitos fatores. Elas pode ser causada por uma infecção urinária, por doenças como diabetes, mas o mais comum é uma disfunção miccional causada por uma queda da bexiga ou por uma bexiga que foi sucessivamente distendida mais do que deveria", afirmou.

Independente do diagnóstico, o médico ressalta que qualquer pessoa com a bexiga muito cheia, ao fazer um esforço ou rir, pode ter um grau de perda urinária. Mas em casos graves, onde a perda é maior e até descontrolada, é preciso que o paciente use fraldas.

A incontinência urinária pode se agravar depois da gravidez?

A gravidez, segundo explica o ginecologista, pode ser um fator que provoque a chamada "queda da bexiga", que pode causar a incontinência.

 

"Um dos fatores que pode predispor a queda da bexiga é a gravidez pelo peso que o feto causa. Outras situações que posso citar é a realização de sucessivos partos e até mesmo a obesidade", informou Sobral.

"A gente precisa estar atento a fatores de estímulo que irritam a bexiga, por exemplo, cigarro, fumo em geral, cafeína, adoçante, álcool, o uso muito frequente dessas substâncias pode aumentar a perda urinária", acrescentou.

Fisioterapia pode ser um caminho para a solução


Foto: Divulgação/Pexel

De acordo com o ginecologista, a fisioterapia está na lista de práticas que podem integrar o acompanhamento médico para o tratamento da incontinência urinária.

A fisioterapeuta Juliana Simoura acrescenta que o segredo do tratamento está no exercício da musculatura pélvica.
"A descida da bexiga faz com que os músculos do assoalho pélvico não sejam suficientes para segurar o esfíncter, então essa mulher acaba tendo uma incontinência ao pequeno esforço e ao super esforço, dependendo do grau da incontinência", explicou a profissional.

A fisioterapeuta reforça que, a fisioterapia pélvica antes mesmo do parto pode fortalecer a musculatura e evitar problemas futuros.

"O trabalho de prevenção seria o ideal dos mundos. Porque trabalhando essa região, a gente evitaria essas intercorrências, não atrapalhando a qualidade de vida dessa gestante ou puérpera. Quando mais a mulher trabalhar o assoalho, melhor qualidade de vida ela terá a longo praz em relação a sua saúde urinária", ressaltou a fisioterapeuta.

Fonte: Folha Vitória

Postagem Anterior Próxima Postagem