Mais uma criança morre após fazer desafio viral das redes sociais

Leon Brown de 14 anos morreu após fazer desafio viral das redes sociais Reprodução/Instagram

Mais uma criança britânica morreu após participar do "desafio do desmaio", um viral que circula em redes sociais como TikTok. Segundo os pais de Leon Brown, que tinha 14 anos, o corpo do menino foi encontrado em seu quarto na última quinta-feira.

O desafio consiste em se sufocar até perder os sentidos. Amigos de Leon relataram à mãe do jovem, Lauryn Keating, o que aconteceu nos momentos anteriores à morte do colega:

— Um dos amigos de Leon me disse que eles estavam fazendo o desafio no Facetime depois de vê-lo no TikTok. Meu filho foi o primeiro a tentar. Uma amiga dele me disse que eles acharam que ele iria acordar. Mas Leon não acordou. Deu terrivelmente errado. — disse Lauryn Keating ao jornal escocês Express.

Um porta-voz do TikTok se manifestou sobre o episódio: "Nossas mais profundas condolências vão para a família por sua trágica perda. A segurança de nossa comunidade é prioridade, e levamos muito a sério qualquer reclamação sobre um desafio perigoso. Conteúdo dessa natureza é proibido em nossa plataforma e será removido se encontrado", disse em nota.

Caso Archie

Archie Battersbee, de 12 anos, que estava em coma havia quase quatro meses, morreu em Londres, no Reino Unido, no início de agosto. Com danos cerebrais irreversíveis, a família do menino acredita que ele sofreu um acidente após realizar o desafio viral. O caso também ganhou notoriedade por conta da briga judicial dos parentes para tentar impedir que o suporte de vida dele fosse desligado.

O menino foi encontrado inconsciente na casa dele no dia 7 de abril e estava internado desde então. Ele foi mantido vivo por uma combinação de intervenções, como ventilação e remédios. Desde o início, os médicos concluíram que ele estava com morte cerebral, mas a família insistiu que o tratamento deveria continuar, alegando que o coração do menino ainda batia e que ele segurou a mão da mãe.

A equipe responsável garante, porém, que nunca foram registrados sinais vitais desde que o paciente chegou ao hospital. A Justiça do Reino Unido autorizou o desligamento dos aparelhos após os médicos do Hospital Real de Londres alegarem que o tratamento contínuo de suporte à vida não era do interesse do menino.

A família então apresentou propostas ao Supremo Tribunal, Tribunal de Apelação e Tribunal Europeu de Direitos Humanos pedindo que a decisão fosse revogada, mas ela foi mantida. O Supremo Tribunal concluiu que, mesmo que o suporte de vida fosse mantido, a criança morreria no decorrer das próximas semanas por falência de órgãos e insuficiência cardíaca.

Os pais pediram em seguida que ele fosse transferido para uma unidade de cuidados paliativos, justificando que ele teria uma "morte natural", mas a Justiça não aceitou a proposta. Especialistas argumentaram que a remoção apenas causaria mais sofrimento e até aceleraria a morte de Archie.

Fonte: O Globo



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