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Mãe e filho estavam em cárcere privado em Peruíbe , vítimas foram agredidas — Foto: Reprodução/Polícia Militar |
Uma testemunha afirmou, durante depoimento na delegacia, que conhece o autor das agressões há 10 anos e que ele apresentou a vítima como uma namorada. Ao visitar a casa do agressor, no dia 8 de setembro, a testemunha reparou que o rosto da vítima estava inchado e havia várias escoriações pelo corpo. A mulher teria dito que não estava conseguindo respirar.
Ao g1, um dos policiais que atendeu o caso afirmou que Oliveira falou ‘muita besteira’ no DP, e que ele teria dito que a vítima caiu da bicicleta, por isso estava cheia de hematomas.
“Ele [o agressor] estava sob efeito de álcool. Ele chegou a dizer que eles foram dormir e ela acordou machucada, e ele não sabia o que tinha acontecido. Ele disse também que ela pedia para ficar trancada, pois tinha medo. Ele ainda perguntou se poderia fazer um boletim de ocorrência de calúnia contra ela”.
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Robenilson Silva Oliveira foi preso em flagrante em Peruíbe por manter mulher e criança em cárcere privado — Foto: Divulgação/Polícia Militar |
O suspeito também negou ter agredido o menino de quatro anos e disse que era como um pai para ele. A mãe da criança relatou aos policiais que Oliveira levava o menino à escola todos os dias, e não permitia que ela fosse junto.
Depois de ouvir os depoimentos dos envolvidos no caso e das testemunhas, o delegado de plantão considerou o caso como de ‘extrema gravidade’. Diante dos fatos, ele manteve o agressor preso em flagrante. Um boletim de ocorrência foi elaborado por tentativa de feminicídio e consumação dos seguintes crimes: violência doméstica, lesão corporal e sequestro e cárcere privado.
A mulher foi encaminhada à Unidade de Ponto Atendimento (UPA). Segundo PM, foi constatado fratura na costela, traumatismo craniano e possível hemorragia interna. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima fez exames e foi liberada após o período de observação.
Os agentes de segurança junto com o Conselho Tutelar realizaram uma ‘busca ativa’ para localizar algum familiar que pudesse ficar com a criança, porém, ninguém foi encontrado. Segundo a secretaria de Assistência Social, o menino está aos cuidados do Conselho Tutelar em um abrigo municipal. Um PM confessou ao g1 que a criança é muito inteligente e bem carente. "Abraçava a gente o tempo todo", disse.
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Mulher em cárcere privado foi encontrada por policiais militares trancada em um 'quartinho' em Peruíbe — Foto: Reprodução/Polícia Militar |
Relembre o caso
Os policiais da Força Tática do 29° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I) receberam uma denuncia de que uma mulher estaria acorrentada e trancada em uma casa na Rua Piracicaba. A vítima teria sido agredida e corria risco de morrer.
Ao chegar ao endereço, os policiais ouviram gritos de socorro. A voz feminina vinha de um quarto localizado nos fundos do quintal. Segundo a PM, a vítima estava bastante machucada e reclamando de fortes dores na costela, dor de cabeça, vômito e sangramento na urina.
O homem também teria quebrado o celular dela para que a mulher não entrasse em contato com outras pessoas. Os policiais conversavam com a vítima quando o homem chegou na casa junto com o filho dela. Em uma breve conversa com os agente de segurança, a criança disse que também foi agredida, apontando a cabeça e o braço direito.
Diante das informações passadas pela mulher e pelo menino, os policiais encaminharam o agressor à delegacia, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Fonte: G1