VÍDEO: policial de folga com sinais de embriaguez é preso após atirar em carro de família

Policial de folga e com sinais de embriaguez é preso após atirar em carro de família em Guarapari — Foto: Reprodução TV Gazeta

Um policial civil de folga foi preso pela Polícia Militar após atirar em um suspeito e em seguida, contra um carro que estava um casal e um sobrinho de 13 anos em Guarapari, na noite de sábado (3). Segundo a Polícia Militar, o policial estava com sinais de embriaguez e acompanhado de outro colega policial.

O vídeo mostra o momento em que os policiais civis de folga mandam o carro da família parar no bairro Itapebussu, em Guarapari. Um deles atira contra o veículo e acaba acertando o capô. Ninguém no carro foi atingido.

"A gente achou que era um assalto. Fomos parados com um tiro, com gritaria e ameaças de morte. Ele colocou a arma na minha cara antes de eu descer do carro", disse a mulher que estava no veículo.

Um empresário, que também estava no veículo, relatou que teve medo de morrer. "Eles pararam vários carros. Ameaçavam as pessoas. Estavam loucos. Eles não tinham treinamento nenhum para ser polícia", afirmou. Nada de irregular foi encontrado no veículo.


Suspeitos detidos

O vídeo mostra que dois homens estão no chão, eles foram abordados pelos investigadores da Polícia Civil antes do carro da família ser parado. Entre os rendidos estavam um homem de 22 anos e um adolescente de 16, que teve o fêmur quebrado depois de ser baleado na perna por um dos investigadores.

Com os dois detidos, foi encontrada uma bolsa com crack e cocaína. A mãe do adolescente baleado, porém, diz que a droga não era do filho e que os policiais agrediram os suspeitos.

"Primeiro pegaram meu filho e espancaram meu filho para depois efetuar o disparo nele. Já chegaram batendo, espancando os dois", disse a mãe do adolescente.

Os investigadores de folga disseram que decidiram fazer as abordagens após receberem uma denúncia de que homens armados estariam andando pelo bairro.

Foi o casal que estava no carro atingido pelo disparo que chamou Polícia Militar. "Eles estavam completamente alterados. Gritavam, olhavam para nossa cara com ódio e apontavam a arma para nossa cara o tempo inteiro", disse a mulher.

A família que estava no veículo atingido pelo tiro cobra justiça e diz que está com medo de andar na rua.

"Espero que a justiça seja feita e que realmente eles fiquem presos. Não adianta só o que deu disparo ficar preso. O outro colocou a arma na minha cara. Ele sabe onde me encontrar", diz a mulher.

Investigação

A Corregedoria da Polícia Civil abriu uma investigação para apurar a conduta dos dois policiais civis na abordagem.

Em nota, a Polícia Civil disse que em razão dos policiais civis apresentarem alteração psicomotoras, como odor etílico e falas desconexas, a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.

O policial civil que efetuou os disparos foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo majorado. Por se tratar de um agente de segurança pública, não cabe fiança na esfera policial. Ele foi encaminhado ao Alfa 10, presídio de policiais.

O segundo policial civil foi ouvido e liberado após a autoridade policial entender que não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante naquele momento.

A PC disse ainda que as carteiras funcionais e as armas dos policiais civis foram apreendidas. O procedimento criminal foi encaminhado na integralidade à Corregedoria da Polícia Civil para as demais diligências que o requer. Foi instaurada uma Investigação Sumária na Corregedoria da corporação para analisar o caso no âmbito administrativo.

Fonte: G1 / Vídeo: A Gazeta


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