Chefe da segurança se aproxima de Lula na campanha e é favorito para comandar PF; saiba quem é


Aliados de Lula afirmam que Andrei Passos ajudou a arrefecer clima de desconfiança sobre a PF durante campanha

O delegado da PF Andrei Passos / Agência O GLOBO

O delegado Andrei Passos desponta como favorito para assumir o cargo mais alto da Polícia Federal no governo Lula, o de diretor-geral. Passos foi escolhido pela equipe de Lula em conjunto com a cúpula da corporação para chefiar a segurança do petista durante a campanha. Como Lula foi eleito, a Polícia Federal seguirá fazendo sua segurança até 1º de janeiro. A partir da posse, a função ficará a cargo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).

Passos trabalha na segurança do então candidato em julho, na convenção que oficializou a chapa Lula/ Alckmin. Mesmo sendo o nome escolhido pela campanha em conjunto com a PF e tendo ocupado posto importante no governo Dilma, o investigador encontrou em Lula e seus familiares um ambiente de certa desconfiança.

Além de ter sido alvo de ações da PF na Lava-Jato, o petista e seus aliados avaliavam que boa parte da Polícia Federal era alinhada ao presidente Bolsonaro e tinham receio dos reflexos disso.

No posto de chefe da segurança, Passos conquistou a confiança de Lula e de integrantes do time jurídico, com quem trabalhou em sintonia. O delegado travou embates da cúpula da corporação ao solicitar aumento do efetivo em agendas do petista e se queixar da demora para receber itens de segurança, como colete à prova de balas e pasta balística.

Em paralelo, pediu instauração de diversos inquéritos pela PF com base em ameaças feitas contra Lula nas redes sociais. A postura ativa de Passos gerou uma relação de “confiança” com Lula e integrantes da campanha, conforme relataram aliados do presidente eleito. Com isso, o delegado desponta como favorito para ocupar o cargo de diretor-geral da corporação.

Há também a avaliação de que Passos tem vantagem em relação a outros nomes da corporação, pois seguirá próximo ao presidente e à frente da coordenação de sua segurança por mais dois meses.

Fonte: O Globo


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