Consumo de combustível assusta donos de Jeep Compass; veja análise

Jeep Compass Limited TD350 André Paixão

Admirável. Este é o adjetivo para descrever o Jeep Compass, depois de ouvir a opinião dos donos do SUV. Design acertado, nível tecnológico e bom desempenho são atributos que o credenciaram a se tornar sucesso de vendas e carro-chefe da marca no Brasil.

No início do ano passado, o médio finalmente foi equipado com motor 1.3 turbo, mais atual e responsável por aposentar o obsoleto e beberrão 2.0 flex. Mas fichas técnicas são números frios, e nós queremos saber a opinião dos donos. Confira:

A produtora executiva Natalie Bertz, de 35 anos, é dona de um Compass Limited Diesel, ano 2019/2020, com 19 mil km rodados, do qual ela gosta muito. É usado no dia a dia. “O carro é alto, confortável, e a visibilidade me traz segurança para dirigir na cidade. Além disso, é bom na estrada. Eu curto o barulho do motor diesel, adoro o sistema de sensores e câmeras e a função que faz o carro estacionar sozinho”, diz.

Como nem só de amor vive uma relação, Natalie abre o coração para dizer o que acha ruim e o que poderia melhorar no veículo. “O Compass não é econômico, faz no máximo 11 km/l; não sei se vou continuar com ele”, conta. Engana-se, porém, quem imagina que o consumo alto é a dor de cabeça da produtora. “O ar-condicionado gela pouco, sinto falta de mais nichos porta-trecos na cabine e o espaço no porta-malas poderia ser maior. Até meu antigo Hyundai i30 tinha bagageiro mais amplo”, ressalta Natalie.

Compass "comporta" até 476 litros nas versões com estepe temporário — Foto: Leo Sposito/Autoesporte

Outros detalhes que trazem um ar saudosista à antiga dona do hatch médio da Hyundai são o desgaste prematuro dos pneus e a estrutura do carro em si. “Os pneus estão desmanchando, com apenas 19 mil km. Isso me incomoda bastante.

Além disso, uma moto bateu na traseira e estragou tudo. Achei que o carro fosse mais resistente”, conclui. “Eu acho um belo carro. Estou adorando de verdade. Anda bem, tem muita tecnologia, e se eu disser que não gosto é mentira. A central multimídia é ótima, assim como o acabamento”, conta o empresário Breno Rodrigues, de 37 anos, dono de um Compass Série S turbo flex 2022. O veículo, usado como transporte diário, rodou apenas 5 mil km.

O encanto de Rodrigues só fica de lado quando o assunto é o lubrificante do motor. Depois de perceber que o nível do óleo estava baixo, o empresário levou o carro à concessionária que, de pronto, promoveu uma atualização de software e o reabastecimento do fluido.

“O carro bebe óleo. Isso não pode ser normal. Já tive um Honda Civic G9 e outro G10, mas nunca vi nada parecido com isso. Acho que a Jeep está negligenciando o problema. Eles não esclareceram o defeito e falam apenas que o carro ‘bebe óleo’ fora do normal mesmo. Isso me preocupa a ponto de pensar em trocá-lo a curto prazo, mesmo adorando o SUV”, conclui Rodrigues.

Para o empresário Davidson das Neves Magalhães, de 42 anos, dono de um Compass Longitude diesel ano 2019, com 36 mil km rodados, o carro é impecável, muito confortável e sem barulhos. “Estou vendendo o veículo apenas por estar migrando para outro segmento. Caso contrário, ficaria com o Jeep”, relata.

O empresário declara que a qualidade do serviço da Jeep é muito boa, com profissionais prestativos e bem qualificados. E revela que a concessionária sempre liga para lembrá-lo das revisões. “Eu peguei o carro no início de 2019, e tive que trocar a bateria porque ele ficou parado no período da pandemia. Também troquei as pastilhas de freio, quando começaram a apitar”, diz.

Parece que a única razão pela qual Magalhães poderia reclamar do Compass é, também, o desgaste prematuro dos pneus. “Os pneus dianteiros apresentaram desgaste mais acelerado. Mas eu não tenho parâmetros para avaliar a causa”, conclui.

Fonte: Auto Esporte


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