Fiocruz: estudo aponta aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em adultos

O estado de São Paulo segue com o maior volume de diagnósticos para influenza; no Amazonas o Vírus Sincicial Respiratório cresce em crianças de até 4 anos

Vacinação de crianças Fabiano Rocha/ Agência O Globo

Dados do último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgados nesta sexta-feira, apontam que o vírus da influenza A, causador da gripe, influenza B, e o Sars-CoV-2, que desencadeia a Covid-19, são responsáveis pelo aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em adultos confirmado entre os dias 23 e 29 de outubro. O influenza A foi responsável por 19,9% dos casos positivos e o coronavírus, por 26%.

Outros vírus diagnosticados no período foram influenza B, responsável por 0,6% dos casos e 26,4% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 17,6% para influenza A; 0,0% para influenza B; 2,0% para VSR; e 68,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Os dados tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 31 de outubro.

No que desrespeita ao vírus ao influenza, o estado de São Paulo segue apresentando números significativos de casos positivos nas últimas semanas. No Distrito Federal e no Mato Grosso do Sul, que apresentaram aumento recente nos casos associados a esse vírus, há indícios de que já possa estar iniciando processo de queda, embora os dados laboratoriais ainda sejam preliminares.

A análise destaca que, no estado do Amazonas, ocorreu um ligeiro aumento na presença de casos positivos para Covid-19. O Boletim indica estabilidade nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas), embora mantenha sinal de crescimento na faixa etária de 0 a 4 anos.

Os números servem de alerta para outros oito estados que apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo como Alagoas, Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Pernambuco. Na maioria desses estados, o aumento se concentra fundamentalmente entre crianças e adolescentes. Em Alagoas, Amazonas e Pernambuco, no entanto, observa-se crescimento também na população adulta e nas faixas etárias acima dos 60 anos. Em Alagoas e Pernambuco, os dados laboratoriais ainda não permitem inferir se há predomínio de um vírus específico.

Fonte: O Globo

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