Se não for tratada corretamente, a doença pode até matar. Especialista explica o que é e também como prevenir o problema
Após ser internado na manhã de terça-feira (17), com fortes dores abdominais em um hospital de Colatina, no Noroeste do Estado, o ex-prefeito de Colatina e deputado estadual eleito e diplomado, Sérgio Meneguelli, foi submetido a um procedimento cirúrgico na manhã desta quarta-feira (18).
O diagnóstico: diverticulite. Mas o que é essa doença? O que leva à ela? Será possível evitá-la? A reportagem do Folha Vitória foi atrás dessas respostas e conversou com uma especialista no assunto.
A diverticulite é a inflamação aguda dos divertículos (pequenas bolsas que se formam com o passar dos anos na parede do cólon, que faz parte do intestino grosso).
"Quando a gente vai ficando mais idoso, o organismo vai perdendo a elasticidade da mucosa intestinal e acaba formando os divertículos. Aproximadamente 30% da população com mais de 60 anos e 60% maior que 80 anos de idade tem divertículos. Porém, não é em todo mundo que inflama. São alguns pacientes que tem a predisposição a ter o quadro de diverticulite", explica a médica gastroenterologista Renata Lugão.
Ainda segundo a especialista, de maneira geral, a doença se manifesta por meio de dor abdominal, de intensidade forte e que acaba levando o paciente a procurar atendimento médico em prontos-socorros.
Geralmente, essa dor é localizada do lado esquerdo do corpo na região da pelve. Vale lembrar que ela também pode ser difusa. Em alguns casos pode até mesmo vir associada a náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre. Porém, o que mais chama atenção para a doença são os quadros de dor.
"O que leva ao quadro de diverticulite é o aumento da pressão nesse divertículo, algo que impacta nesse divertículo, diminui o suprimento sanguíneo nele e faz ele inflamar. Isso geralmente ocorre em pacientes mais constipados, ou seja, que tem mais prisão de ventre e em geral nos quadros de piora da prisão de ventre", disse.
A doença atinge tanto homens quanto mulheres e ocorre acima dos 45/50 anos, porém é muito mais prevalente acima dos 60 anos de idade.
Como é feito o diagnóstico da diverticulite
Para que haja um diagnóstico efetivo da doença são necessários alguns exames de imagem, como a tomografia de abdômen. E por meio dele que será possível apontar o grau da inflamação e a partir daí, definir qual o tratamento mais adequado.
Exames de sangue também podem ser solicitados. O hemograma e a atividade inflamatória ajudam o médico a avaliar o grau de acometimento do paciente.
Renata destaca que algumas inflamações podem ser tratadas apenas com antibióticos. Já outras, podem necessitar de uma intervenção cirúrgica de urgência ou emergência.
A doença é grave. Dependendo do grau de acometimento do divertículo, pode inclusive levar à morte, diante de um quadro de infecção generalizada.
Alimentação é aliada para prevenir a doença
A alimentação pode colaborar e muito para evitar os quadros de inflamação nos divertículos. Uma dieta rica em fibras é importante para a manutenção e o bom funcionamento do intestino. Elas funcionam como uma espécie de "vassourinha", limpando o cólon e o intestino grosso.
"A baixa ingestão ode fibras e a dieta moderna é um dos fatores do quadro da formação de divertículos. Então, a prevenção é uma dieta equilibrada, associada a um estilo de vida saudável com a prática de atividade física", destaca a gastroentereologista.
Conheça 9 alimentos que são amigos do intestino
Alguns alimentos são considerados verdadeiros amigos do bom funcionamento do intestino. Vale lembrar que a ingestão adequada de água diariamente também é imprescindível.
1. Aveia em flocos ou farelo de aveia;
2. Hortaliças;
3. Legumes;
4. Mamão;
5. Ameixa;
6. Linhaça;
7. Iogurte;
8. Chia;
9. Laranja (comer o bagaço da fruta, também);
Fonte: Folha Vitória
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