Tela de R$ 8 milhões e mais: Governo divulga itens danificados por terroristas no Palácio do Planalto. Veja lista

Bolsonaristas terroristas fazem pelo menos seis rasgos na tela "As Mulatas", do Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto — Foto: Reprodução/Twitter

O Palácio do Planalto divulgou nesta segunda-feira (9) uma lista preliminar de itens que foram danificados por uma minoria radical de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8).

Segundo o governo, ainda não foi feito um levantamento "minucioso" das peças destruídas, mas a avaliação preliminar mostra que pinturas, esculturas e peças de mobiliário foram danificadas.

"Os terroristas que invadiram o Palácio do Planalto neste domingo vandalizaram e destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional", diz trecho da nota.

Entre os itens destruídos, está a obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, cujo preço estimado é de R$ 8 milhões.

Estão na lista também a escultura "O Flautista", de Bruno Jorge, avaliada em R$ 250 mil; e uma em madeira, de Frans Krajcberg, estimada em R$ 300 mil.

Lista

Quadro 'As Mulatas', de Di Cavalcanti, no Palácio do Planalto, antes de ser destruída por bolsonaristas radicais — Foto: Rogério Melo/Presidência da República

Obra "As mulatas", de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude podem alcançar valores até 5 vezes maior em leilões

Escultura "O Flautista", de Bruno Jorge, antes de ser danificada por bolsonaristas radicais — Foto: Beto Barata/Presidência da República

Obra "O Flautista", de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.

Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI, destruído por bolsonaristas radicais — Foto 1: Reprodução — Foto 2: Reprodução
Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI, destruído por bolsonaristas radicais — Foto 1: Reprodução — Foto 2: Reprodução

Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado. Segundo o governo, a recuperação do objeto é 'muito difícil'.

Obra Bandeira do Brasil, que ficava no térreo do Palácio do Planalto, foi danificada — Foto: Guilherme Mazui/g1

Obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o térreo do Palácio do Planalto, após vândalos abrirem hidrantes ali instalados

Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas. Ficava no térreo do Palácio do Planalto.

Outros itens danificados

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil
Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta em um dos salões do Palácio do Planalto, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita
Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel teve o vidro quebrado

O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços

Recuperação

O governo informou que é possível realizar a recuperação da maioria das obras destruídas.

Entretanto, segundo o Palácio do Planalto, é considerada "muito difícil" a restauração do Relógio de Balthazar Martinot.

Fonte: G1


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