Após morte do marido, advogada dá à luz a bebê gerado por embrião congelado e realiza sonho

Foto: arquivo pessoal

“Como uma flor que nasceu no deserto”, Vanessa Figueiredo deu à luz a Valentin no último dia 14, faltando exatamente um mês para completar um ano do falecimento do marido e pai da criança, o empresário Valber Santi.

O casal sonhava em ter um filho e realizou diversas tentativas. Para garantir que pudesse se tornar realidade, foi usado um embrião congelado em uma clínica, fruto de um processo de fertilização in vitro.

Uma semana antes de Valber falecer, o casal havia comparecido ao laboratório para coleta de gametas (óvulo e os espermatozoides), para formar o embrião. Quando o marido de Vanessa morreu, o embrião foi mantido congelado, já que a futura mãe estava sem condições psicológicas de continuar o tratamento naquele momento. Apenas em junho de 2022 foi feito o implante. 

Foto: arquivo pessoal

O padrinho do bebê, Hiago Oliveira, era sócio de Valber na empresa de segurança eletrônica e contou à reportagem do Folha Vitória um pouco da história.

Oliveira disse que o amigo era querido por todos e que quem o conhecia, sem exceção, sabia da vontade que ele tinha de ser pai pela primeira vez.

“Eles estavam no processo na clínica de fertilização. Vanessa é advogada e explicou que eles assinaram um termo de autorização do sêmen, mesmo em caso de falecimento do doador, que no caso era o Valber. Infelizmente, foi o que aconteceu”, afirmou.

Segundo Hiago, foi depois de cerca de quatro meses que a mãe de Valentin tomou coragem para voltar a tentar engravidar.

“Ela estava muito frágil, é claro. Mas fez uma nova tentativa e conseguiu. O nome foi um pedido do falecido marido, que em um aniversário de Vanessa a entregou uma carta em que dizia que queria que o nome do filho deles fosse esse”, acrescentou.

“Um pouco de esperança em terra arrasada”, disse o amigo

O sócio de Valber descreveu o momento como “um pouco de esperança em terra arrasada”, ou mesmo como “uma flor que nasceu no deserto”, frase que deu início a esta publicação. Hiago disse ainda que todas as pessoas que conheciam o sócio dele ficam emocionadas com a história.

“Com quem eu falo, cai uma lágrima do olho, principalmente de quem o conheceu de perto. Ele era um cara de 1,90m com um coração gigante, todo mundo gostava dele, era uma pessoa maravilhosa. Também sabíamos da luta dele para ser pai e só conseguiu depois da morte. Essa história deixa todo mundo perplexo e eu fico muito emocionado em poder compartilhá-la”, desabafou.

Fonte: Folha Vitória


Postagem Anterior Próxima Postagem