VÍDEO: Saiba como vive cientista que está passando 100 dias no fundo do mar a serviço da Nasa

O ex-soldado da marinha Joseph Dituri mostra sua rotina dentro da cabine em que mora, no fundo do mar — Foto: Reprodução/Instagram

Joseph Dituri, 55, um oficial aposentado da Marinha que usa o apelido de Dr. DeepSea (ou doutor do fundo do mar), está atualmente vivendo 92 metros abaixo da superfície do mar, em uma cabine de 100 metros quadrados. Lá, testa tecnologias que a Nasa poderá usar em Marte, além de tratamentos para reverter perda muscular e desacelerar o envelhecimento.

O cientista, que também estuda como o corpo humano responde à pressão extrema da água no longo prazo, convidou a equipe do DailyMail para uma tour virtual pela sua casa submarina. Mesmo com uma área bem pequena, a cabine tem uma área de trabalho, cozinha, banheiro, dois quartos e uma pequena piscina - além de uma janela com vista para o mar, claro.

Vista geral da cabine ocupada pelo cientista no fundo do mar — Foto: Reprodução/Instagram

Dituri, que começou a missão no dia primeiro de março, disse ao DailyMail: “Estou adorando, tenho até uma cafeteira aqui. Deus sabe que não existe ciência sem café!”

Um dos aparelhos que está sendo testado é semelhante ao "tricorder" usado nas naves ficcionais de Star Trek, capaz de monitorar a saúde de uma pessoa com apenas um escaneamento. Ele também testa uma maneira de prevenir a perda de massa muscular que acontece quando os astronautas estão no espaço, um problema sério para a Estação Espacial Internacional.

A minipiscina é, naverdade, o canal de entrada e saída da cabine — Foto: Reprodução/Instagram

“Um dia iremos para Marte, mas levará no mínimo 200 dias para chegarmos lá. Daí, quando a nave tocar a superfície do planeta, estaremos com forte perda de massa muscular, sem conseguir enxergar muito longe, com os ossos enfraquecidos e em péssima forma para enfrentar um ambiente inóspito. Não me parece uma boa ideia”, diz, explicando a relevância dos testes que está realizando.

Na hora de se exercitar, ele usa uma pulseira especial e faixas resistentes – também usadas para interromper o fluxo de sangue no braço de maneira intermitente. “Isso provoca um aumento da síntese de óxido nítrico, o que estimula o crescimento dos músculos”, diz Dituri, reforçando que seu bíceps já teria aumentado no último mês..

Equipamento usado por Dituri quando fazia mergulhos especiais para a Marinha americana — Foto: Reprodução/Instagram

O cientista diz que tem uma TV, embora ele não saiba como ligá-la. Também tem um pequeno freezer, um forno de micro-ondas e uma minipiscina – na verdade, um canal por onde se entra e sai da cabine. “É por lá que saio para mergulhar de vez em quando”, diz.

Ele dorme em uma cama dupla, e há um quarto para hóspedes, para receber os cientistas que o vão visitar. Por enquanto, passaram-se 28 dias da sua missão – que, quando for completada, quebrará um recorde. Até hoje, o máximo que um homem passou embaixo da água foi 73 dias.

Assista a vídeo feito pelo cientista.

Fonte: Época Negócios


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