Um vídeo chamou a atenção nas redes sociais nesta semana: um lutador de MMA imobilizou um imenso jacaré, que invadiu o terreno de uma escola na Flórida, localizada nos Estados Unidos. O caso foi compartilhado pelo Instagram.
O homem que aparece no vídeo é o caçador licenciado e fuzileiro naval, Mike Dragich. Ele foi acionado pela diretora do colégio após as crianças ficarem aterrorizadas com a presença do réptil.
Com a situação, o homem entrou no modo lutador. É possível ver que ele puxa o rabo do animal, evita os giros do predador e finalmente consegue imobilizá-lo.
Quem gostou do estranho espetáculo foram as crianças, que gritaram e aplaudiram quando Mike "venceu".
Veja:
Entretanto, a situação "corajosa" e curiosa também pode ser mortal. Em entrevista ao Folha Vitória, o médico veterinário e coordenador do Projeto Caiman, Yhuri Cardoso Nóbrega, destacou que o animal é da espécie "Alligator mississippiensis", também conhecida como "jacaré-norte-americano".
"Essa espécie é apenas encontrada nos Estados Unidos. Não existe no Brasil, nem no Espírito Santo, aqui só possuímos a presença do jacaré-de-papo-amarelo. A espécie brasileira está ameaçada de extinção e é tida pela ciência como fundamental para proteger os cursos de rios', descreve.
"Atuação do rapaz não foi adequada", destaca
O especialista não considerou adequada a atuação do lutador de MMA, já que o mais indicado para atuar, neste caso, seria um biólogo ou médico veterinário especialista em crocodilianos.
"Diante disso, há risco de morte para o animal. A forma como ele pega o réptil é completamente contraindicada, gera o risco do animal sair machucado, além do risco para as pessoas. E ele se coloca em risco", narra.
Não há registro de ataques no Espírito Santo
Segundo o especialista, no Espírito Santo, os jacarés-de-papo-amarelo costumam aparecer nas regiões do Estado. Entretanto, não há registro de animais atacando às pessoas.
"As pessoas costumam possuir uma má impressão dos animais, com a questão dos filmes, dos monstros do pântano, onde os jacarés são vilões. Na vida real eles não atacam as pessoas, pelo contrário, nós seres humanos estamos colaborando para a extinção dos animais", finaliza.
Fonte: Portal R7
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