CRIME BÁRBARO: enfermeira morta no ES; ex vai responder por aborto, feminicídio e ocultação


Cleilton Santana dos Santos é o principal suspeito pela morte da enfermeira Íris Rocha de Souza. (Reprodução | Rede social)

O vigilante de supermercado Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, considerado o principal suspeito pela morte da enfermeira Íris Rocha de Souza, de 30 anos, vai responder por três diferentes crimes: ocultação de cadáver, feminicídio e aborto.

A informação foi dada pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, durante uma coletiva de imprensa que ocorre na chefatura da Polícia Civil, em Vitória, nesta quinta-feira (18).

O secretário de Segurança Pública Alexandre Ramalho também descreveu o suspeito como "frio" e afirmou que Cleilton negou o crime.

A polícia ainda revelou detalhes sobre o relacionamento de Cleilton Santana dos Santos com a vítima, que estava grávida. A titular da Delegacia de Alfredo Chaves, delegada Maria da Glória Pessoti afirmou que o ex-namorado controlava a vida da enfermeira, sempre aguardando do lado de fora do trabalho dela e também ficava com o celular, respondendo mensagens por ela.

"Ele passava 24 horas por dia monitorando a vítima. Ela estava em um relacionamento muito abusivo. Ele controlava toda a vida dela, de passar várias horas por dia do lado de fora do trabalho dela na Ufes. O telefone dela ficava com ele, que respondia as mensagem que ela recebia. Ela era controlada por ele", afirma a delegada.

A delegada detalhou ainda que Íris vinha sofrendo agressões físicas. Conforme levantamento feito pela Polícia Civil, ela só usava roupa de manga comprida e, às vezes, aparecia com o rosto lesionado.

Ouvi informalmente várias pessoas e todas falaram a mesma coisa: que ele controlava ela e que ela vivia um relacionamento abusivo. (Maria da Glória Pessoti, Delegada de Alfredo Chaves)

A delegada disse ainda que Iris e Cleilton voltaram a ter contato mesmo depois do pedido de medida protetiva feito pela enfermeira, após ter sido agredida por ele em outubro. De acordo com Maria da Glória, a reaproximação teria ocorrido, provavelmente, por causa da gravidez – a vítima estava no oitavo mês de gestação quando foi assassinada.

“O relacionamento era muito ruim e eles faziam de tudo para esconder. A família diz que ela não estava com ele. Mas, pelo levantamento que fiz, ela continuava tendo contato com ele. Tanto que no dia (10 de janeiro) entrou no veículo dele”, disse a delegada, informando que câmeras de videomonitoramento registraram o momento em que Íris entrou no carro de Cleilton, próximo ao campus de Maruípe da Ufes, onde ela trabalhava.


Histórico de agressões

No dia 5 de outubro de 2023, Íris registrou um boletim de ocorrência relatando que havia sofrido agressão do então namorado, Cleilton, preso nesta quinta-feira (18). À época, eles estavam juntos havia cinco meses, e a enfermeira estava grávida de 15 semanas. Ela relatou que os dois estavam conversando quando levou um golpe de "mata-leão" dele e desmaiou.

Quando recuperou os sentidos, ela disse que estava com o nariz sangrando e tossindo. O próprio agressor teria dado banho na enfermeira, que depois foi trabalhar. Ao contar o que aconteceu para uma colega, Íris foi incentivada a registrar o boletim de ocorrência. Na ocasião, ela solicitou medida protetiva.


Da Redação / Com informações de A Gazeta


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