O atacante Robinho, 40 anos, foi preso na noite desta quinta-feira (21), em Santos (SP), poucas horas depois de o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar um habeas corpus protocolado pela defesa do ex-jogador de Santos, Atlético/MG e Seleção Brasileira.
O jogador foi conduzido por uma equipe da Polícia Federal do condomínio onde mora, em Santos, até a sede da Polícia Federal, onde passará por exame no Instituto Médico Legal (IML), audiência de custódia e será levado para penitenciária.
A prisão de Robinho acontece um dia depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar o pedido da Justiça italiana para que o ex-jogador cumpra a pena de nove anos anos de prisão no Brasil pela condenação que o brasileiro teve por estupro coletivo cometido em 2013.
A vítima foi uma mulher albanesa e o crime aconteceu no dia 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o atleta já tinha retornado ao Brasil. Desde então, ele vivia sem restrições em Santos.
O mandado de prisão foi expedido pela Quinta Vara da Justiça Federal em Santos. Mais cedo, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, assinou a autorização para a Justiça Federal prender o ex-jogador.
Para evitar a prisão, a defesa do ex-jogador entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi negado hoje em decisão monocrática pelo ministro Luiz Fux.
Quem é Robinho
Robinho foi jogador da base do Santos e subiu para os profissionais em 2002, mesmo ano em que acabou campeão brasileiro pelo Peixe com a geração que tinha ainda Diego Ribas, Elano, Leo, Renato e Alex, entre outros, comandados pelo técnico Emerson Leão. Em 2004, conquistou novamente o Brasileirão e ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador da competição.
Do Santos, o atacante foi para o Real Madrid, onde não brilhou tanto como o esperado. Na Europa, ainda defendeu o Manchester City antes de voltar ao Santos, em 2010. Em sua segunda passagem pelo Peixe, conquistou um Paulistão e uma Copa do Brasil, ambas em 2010.
De volta à Europa, defendeu o Milan, na Itália, país onde cometeu o crime pelo qual foi condenado pela Justiça italiana. Novamente no Brasil, defendeu mais uma vez o Santos, em 2015, antes de ir para o futebol chinês, onde jogou pelo Guangzhou Evergrande por apenas seis meses. Depois, vestiu as camisas do Atlético/MG, Sivasspor e Istanbul Basaksehir, estes dois últimos do futebol turco.
Tentou, ainda, mais uma passagem pelo Santos, em outubro de 2020, mas a repercussão pelo caso ocorrido na Itália desencorajou a diretoria do Peixe, que desistiu da sua contratação.
Pela Seleção Brasileira, disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010 e foi campeão da Copa das Confederações de 2005 e 2009, além da Copa América de 2007.
*Com informações da Agência Brasil
%20(1080%20x%20400%20px).gif)
.gif)