"Tenho que me apresentar a minha filha quase todas as manhãs", diz mãe


"Tenho que me apresentar a minha filha quase todas as manhãs", diz mãe

A pequena Gracie, de apenas 4 anos, sofre várias convulsões todos os dias, algumas das quais a fazem esquecer completamente sua família. "Não consigo imaginar como ela se sente", comenta a mãe

Tia Bondarczuk ficou apavorada ao encontrar sua filha Gracie, de 4 anos, deitada no chão no início deste ano, com espuma saindo da boca. Mal sabia a mãe, da Austrália Ocidental, que esse seria apenas o início de uma terrível cadeia de eventos que levaria a uma rápida deterioração da saúde de sua filha.

"Nós a levamos imediatamente para o hospital em Bunbury, na Austrália, e eles nos encaminharam diretamente para a área de reanimação”, contou a mãe de 24 anos ao site Yahoo News. “Mediram a temperatura dela, que estava acima de 41 graus, e não tinham certeza se ela ficaria bem. Ela estava completamente inconsciente”, relatou Tia.

Os médicos conseguiram salvar Gracie, que sofria de uma convulsão febril, uma convulsão em crianças causada por febre alta. Mais tarde, Tia foi informada sobre a gravidade da condição de sua filha. “Depois, o pediatra disse que tivemos muita sorte de ela não ter morrido por causa da temperatura ou da espuma que saía de sua boca, pois ela poderia ter engasgado”, disse.

Gracie recebeu alta do hospital após duas noites, com os médicos informando à família que sua filha ficaria “estranha” por algumas semanas antes de voltar ao normal. No entanto, quase três meses depois, Gracie ainda sofre várias convulsões todos os dias, algumas das quais a fazem esquecer completamente sua família. “Gracie tem o que eles chamam de convulsões de grande mal – às vezes quatro vezes por dia – nas quais ela fica completamente inconsciente ou olha fixamente para a parede”, explicou Tia.

A mãe contou que as convulsões foram "confrontantes", mas não tão devastadoras quanto a perda de memória que muitas vezes as acompanha. “Ela simplesmente esquece que somos mãe e pai por vários dias, então tenho que me apresentar todas as manhãs”, disse Tia. “É muito difícil ver sua filha sem saber quem você é, e não consigo imaginar o que ela sente.”

Em um episódio recente, que ocorreu de repente durante uma brincadeira de esconde-esconde com Gracie, a mãe disse que começou a "pirar". “Ela não tinha ideia de quem éramos e começou a me atacar”, disse. “Ela realmente me deu um soco na cara, mas posso entender que, se você não soubesse quem você era ou quem era outra pessoa, seria um instinto de sobrevivência. Ela continuou gritando 'Quem sou eu? Quem é você? Eu não sei o que é mãe'.”

A mãe informou que a família tem procurado desesperadamente respostas sobre a condição de Gracie desde a primeira convulsão em fevereiro. Mesmo com o encaminhamento para o Hospital Infantil de Perth, qualquer resposta pode levar mais de um ano. Gracie está atualmente passando por testes, alguns dos quais não são cobertos pelo seguro de saúde privado, e está participando de terapias físicas e sensoriais.

“As avaliações custam entre US$ 1.000 e US$ 3.000 cada, e há cerca de seis delas. Estou tentando conseguir a melhor ajuda possível para ela, mas não posso pagar os exames que eles querem fazer, e estou tendo que escolher entre pagar as contas e cuidar da saúde da minha filha. Essa é a pior parte.”


Fonte:  Revista Crescer


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