O que devo estudar? Que carreira seguir? Como pagarei por meus estudos? Com quem quero passar o resto de minha vida? Essas são questões que atormentam a vida de muitos jovens.
A idade adulta de um jovem (entre 18 e 25 anos de idade) é um estágio crítico no curso da vida, especialmente para o desenvolvimento da identidade. Os jovens adultos não são nem adolescentes dependentes nem adultos independentes. É um período de exploração e mudanças frequentes.
E tudo isso está acontecendo enquanto seus cérebros ainda estão se desenvolvendo, especialmente nas áreas associadas ao funcionamento cognitivo e emocional superior. Esse funcionamento ajuda o indivíduo a planejar, monitorar e executar suas metas com sucesso.
Em meio a todas essas importantes escolhas de vida, o rompimento de um relacionamento amoroso pode ser devastador. Depois de um rompimento, as pessoas podem apresentar pior desempenho acadêmico, pensamentos intrusivos sobre o ex-parceiro e luto intenso, e podem até tentar suicídio.
No entanto, os rompimentos entre jovens adultos são frequentemente descartados ou banalizados como um rito de passagem. Uma resposta traumática é considerada exagerada.
Além disso, a literatura psiquiátrica não vê os rompimentos como eventos potencialmente traumáticos.
Como pesquisadora de saúde mental com experiência em apego romântico e pesquisa de trauma, fui coautora de um artigo explora rompimentos de relacionamentos românticos como eventos potencialmente traumáticos entre estudantes universitários. O objetivo da pesquisa era investigar se as experiências deles se encaixavam no diagnóstico psiquiátrico oficial de estresse pós-traumático.
A identificação de possíveis traumas após um rompimento pode ajudar os jovens adultos a obter tratamento e apoio adequados.
Fonte: Viva Bem UOL