Uma adolescente de 14 anos foi vítima de estupro pelo marido da avó, em São Paulo. A mãe da jovem passou a ter conhecimento da situação ao notar o aumento do volume abdominal da garota. “Mãe, tem alguma coisa mexendo na minha barriga”, teria dito a garota, que tinha 14 anos e estava na 29ª semana de gestação.
Diante do fato, um boletim de ocorrência foi registrado em uma delegacia. Mãe e filha se deslocaram até o Hospital da Mulher, na capital paulista, onde a vítima foi submetida a exames e tomou o coquetel preconizado para casos de violência sexual.
A unidade de saúde informou que só realizava abortos legais até a 20ª semana de gestação. Em razão disso, a adolescente e a mãe precisaram viajar de ônibus até a cidade de Salvador (BA) para a realização do procedimento de interrupção da gestação. A menina se internou na quinta-feira e fez o procedimento no sábado (15/06).
O estuprador continua foragido. “Minha filha sempre pergunta: ‘e aí, mãe, não vai acontecer nada com ele? Por que ele não foi preso se ele cometeu um crime?'”, disse a mãe.
Ainda segundo a mãe da vítima, a menor costumava passar o final de semana na casa da avó, em São Paulo. O criminoso, marido da avó, convivia com ela há mais de 15 anos.
PL do aborto:
A Constituição não detalha restrição para a idade gestacional do feto no momento do aborto. Por outro lado, o PL Antiaborto por Estupro, que tramita em urgência na Câmara dos Deputados, trata da criminalização do aborto após 22 semanas de gestação para vítimas de estupros.
Fonte: Informe Baiano