Bárbara Borges fala sobre período em que foi Paquita da Xuxa — Foto: Reprodução/Instagram
Bárbara Borges usou as redes sociais para fazer um forte desabafo na última quinta-feira (19) sobre o período em que foi Paquita da Xuxa. Ela citou algumas polêmicas que vieram à tona após o lançamento do documentário "Pra sempre Paquitas", do Globoplay.
"Fui muito fã das paquitas, eu fui uma paquita e eu vi meninas sendo paquitas depois de mim. Eu vivi a realização do meu sonho de infância de ficar ao lado da Xuxa e fazer parte desse mundo encantado da minha fada madrinha aos 16 anos. Eu vivi as dores e as delícias da realidade desse sonho e sempre busquei transformar e curar. Vinte e nove anos depois, foi lançado o documentário "Pra sempre Paquitas", que está disponível no Globoplay. Ontem eu acabei de ver e preciso compartilhar com vocês o meu sentir. No final do quarto episódio, eu tive uma crise de choro forte e sentida. Eu senti muito a dor das Paquitas, de todas as meninas que eu vi na TV e eram referências para mim, que eram tudo o que eu queria ser. Eu compreendi muito o que foi aquele momento. Senti muito por elas e senti muito também por mim e pelas meninas do meu grupo, minhas irmãzinhas da Nova Geração e as meninas da Geração 2000", escreveu a atriz.
No texto, ela falou ainda sobre as decisões de Marlene Mattos, que dirigiu os programas de Xuxa, e comentou a postura da apresentadora: "Ao mesmo tempo, veio a compreensão de que o documentário explorou e se aprofundou muito nas questões difíceis e traumáticas daquela geração específica. E ainda que tenhamos compartilhado as funções e responsabilidades de ser paquita, as dores e delícias da minha geração foram diferentes das outras gerações. Chegamos num momento em que Marlene fez seus ajustes para melhorar seu comportamento (não sofremos o mesmo que a geração anterior) e Xuxa seguiu na sua omissão, cegueira e egocentrismo. São muitas histórias dentro de uma mesma história. Por isso, um episódio apenas para mostrar as Paquitas Nova Geração e as Paquitas Geração 2000 e ainda com o encontro no ônibus para a participação no 'Altas Horas' não dá para se aprofundar e explorar o que vivemos, o que fomos em termos de grupo naquela época, naquele contexto, e muito menos para as questões difíceis e traumáticas que também vivemos. Não tivemos o mesmo 'colocar os pingos nos is' com a pessoa-chave desse sonho: a Xuxa. E já digo logo para quem quiser distorcer: não estou criticando, é apenas a minha constatação sobre o grupo que eu participei e pelas meninas da Geração 2000".
Por fim, a atriz diz ter perdoado as figuras centrais da história: "Eu gostei muito do documentário, me emocionei revendo a história desse fenômeno que foi ser Paquita, do início ao fim. Eu agradeço muito o carinho e a gentileza da Catu e de toda a equipe comigo. Eu aplaudo muito todas! Todo meu amor, respeito e admiração por cada uma! E como uma integrante das Paquitas Nova Geração eu digo que a amizade que construímos é muito valiosa pra mim! Nós sabemos o que vivemos, nós conquistamos nosso espaço com muita resiliência! Andrezza, Bárbara, Caren, Diane, Gisele, Graziela e Vanessa… De que grupo de meninas incríveis eu fiz parte, eu amo vocês! Agradeço muito aos nossos fãs por todo amor que recebemos até hoje! E para finalizar, para Marlene e Xuxa: vocês duas são muito importantes na história da minha vida. Aprendi muito de quem eu sou através de vocês! Foram anos de terapia, foram anos para me libertar da fantasia e da idealização. Eu enxergo vocês com meu coração, eu tenho vocês no meu coração, já perdoei vocês e sou muito grata por tudo".
Bárbara Borges foi Paquita entre 1995 e 1999 e fez parte do grupo de assistentes de palco da Xuxa conhecido como New Generation. Após a reformulação, ela se dedicou à carreira de atriz e, em 2022, venceu o reality "A fazenda", na Record.
Fonte: O Globo