Jornalista Nathalia Urban morre aos 36 anos na Escócia

Morre a jornalista Nathalia Urban — Foto: Reprodução

O veículo já havia pedido orações por Nathalia, que sofreu um acidente em Edimburgo, na Escócia. "Boa noite! Em nome de toda a comunidade da TV 247, pedimos uma corrente de orações por nossa colega Nathalia Urban. Ela está internada, em Edimburgo, na Escócia, após sofrer um acidente ainda não esclarecido pelas autoridades locais. O consulado brasileiro em Edimburgo está atuando no caso e em contato com seus familiares. Assim que possível, traremos mais informações. Agradecemos pelas orações."

"Lutadora pela liberdade de todos os povos, Nathalia deixa um exemplo de humanidade e compromisso com o jornalismo", descreveu o Brasil 247 sobre Nathalia, que criou o programa Veias Abertas na TV 247, onde abordava as lutas dos povos latino-americanos, trazendo uma visão crítica e solidária para as questões sociais e políticas da região.

Além disso, ela era uma presença constante no Bom Dia 247, ao lado do jornalista Brian Mier, oferecendo análises sobre os acontecimentos internacionais, e também ancorava o programa Globalistas. Em 2021, participou da série Grandes Jornalistas, onde compartilhou sua trajetória e seu compromisso com o jornalismo como ferramenta de transformação social.

Thiago Ávila, militante da causa palestina e ativista internacionalista, lamentou a morte da amiga.

"Primeiro a gente perde o chão. Não existe paz nem conforto imediato na ideia da partida. Só dor e tristeza. Tudo que não foi vivido, todas as conversas não feitas, todas as alegrias adiadas, todo carinho anestesiado pela correria e bagunça da vida. O mundo parece mais duro e triste quando perdemos alguém que a gente ama para partilhar dessa caminhada. A dor da perda também tem a ver com o quanto aquela pessoa era importante para as pessoas mais próximas, para a comunidade, para o mundo. É uma conta que não fecha: um desperdício doloroso de energia que semeava coisas boas por onde passava", começou Ávila.

Morre a jornalista Nathalia Urban — Foto: Reprodução

"Cada pessoa se segura espiritualmente no que acredita: que a pessoa foi para um lugar melhor, que virou uma estrela, que voltará, que está entre nós iluminando caminhos, que se tornou formas diferentes de energia, ou pelo menos que deixou seu exemplo como inspiração pra gente e pra história da humanidade. São cosmovisões que nos ajudam a ter paz em momentos assim, mas não bastam para neutralizar a dor da passagem, pois isso demanda tempo. E, ainda, na missão de ressignificar a morte, a gente precisa falar da vida. Da necessidade imperativa de dar todo o valor pra ela. De nunca menosprezar a imensa dádiva que é estarmos aqui, juntos, com todos os desafios e missões característicos desse tempo e espaço. E que a melhor forma de honrar aquela pessoa que fez a passagem é viver a vida mais extraordinária que a gente puder, se realizando e realizando os sonhos em comum que vocês partilharam pelo tempo que a vida permitiu", completou.

"Assim, depois do choque a gente vai se adaptando à nova realidade, a dor vai se tornando coragem e até a ausência vai se tornando uma outra forma de presença, diferente, agora como inspiração e aconselhamento através do exemplo que nos ajuda a seguir adiante", finalizou.

"Que tristeza imensa, uma das mais promissoras jornalistas dessa geração, Nathália Urban faleceu. Mesmo jovem, fez muito pelo Brasil e pela América Latina, um exemplo de humanismo, lucidez e seriedade", ainda lamentou a jurista, advogada e articulista Carol Proner em seu Instagram.

Fonte: QUem



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