O cargo de diretor de felicidade, conhecido como CHO, está em alta no Brasil, destacando-se como uma alternativa para melhorar o bem-estar no ambiente corporativo.
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Nos últimos anos, a ênfase no bem-estar dos colaboradores tornou-se uma prioridade para muitas empresas. Em resposta a essa tendência, surge o cargo de chief happiness officer (CHO), ou diretor de felicidade, como uma solução inovadora para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
O diretor de felicidade é responsável por avaliar e melhorar a saúde mental dos funcionários, além de garantir um clima organizacional positivo. Essa função abrange práticas de reconhecimento e recompensa, fundamentais para a motivação da equipe.
Especialistas apontam essa posição como essencial em um mercado cada vez mais preocupado com o desenvolvimento humano.
Empresas como Ambev, Heineken e Chilli Beans já incorporaram essa posição em suas estruturas organizacionais. O movimento é visto como uma forma de alinhar os interesses das corporações com práticas de governança social e ambiental, sob a perspectiva do ESG.
Adesão ao cargo no Brasil
A Chilli Beans foi uma das pioneiras ao nomear Denize Savi como gestora executiva de felicidade no ano anterior. O enfoque da empresa é mensurar continuamente seis dimensões do comportamento humano para promover a felicidade organizacional. Rodas de conversa entre colaboradores são uma das práticas adotadas.
Em 2023, a Heineken seguiu essa tendência, nomeando Lívia Azevedo como líder da área. Para Raquel Zagui, diretora global da empresa, o foco na felicidade dos funcionários está alinhado com o pilar social do ESG, reforçando a responsabilidade social da corporação.
Desde 2021, a Ambev também incorporou um gestor de felicidade durante a pandemia, mas o status atual dessa função ainda é incerto. A empresa não respondeu aos questionamentos sobre a continuidade do cargo.
Potencial salarial e perfil profissional
De acordo com dados do Glassdoor, a remuneração de um CHO no Brasil varia bastante, com uma média de R$ 7.000, podendo chegar até R$ 40.000, segundo Alexandre Rocha, especialista em ESG. A variação salarial depende do porte e da maturidade da empresa.
Para se tornar um diretor de felicidade, não há um caminho de formação definido. Contudo, profissionais com experiência em recursos humanos ou psicologia têm mais facilidade para assumir essa posição. A capacidade de compreender o comportamento humano é uma habilidade essencial para o cargo.
A crescente implementação do cargo de diretor de felicidade nas empresas brasileiras sinaliza um movimento importante em prol do bem-estar organizacional.
Com remunerações atraentes e um impacto positivo direto no ambiente de trabalho, a função de CHO pode se tornar uma peça-chave na estratégia das empresas que buscam alinhar produtividade e satisfação dos colaboradores.
Fonte: Capitalist