Além do preço elevado, nota-se também a ausência do produto em gôndolas de alguns supermercados na Grande Vitória
O fim de ano está chegando e montar uma mesa farta e colorida para as comemorações que vêm com o período tem se tornado um desafio para o consumidor.
Quem gosta de frutas já deve ter notado que o preço de alguns produtos está nas alturas. Este é o caso do abacate, que em alguns supermercados já é possível encontrar o quilo a R$ 27.
Além do preço elevado, nota-se também a ausência do produto em gôndolas de alguns supermercados na Grande Vitória. Essa falta tem chamado a atenção de alguns consumidores, que se perguntam o que acarretou o aumento no preço da fruta.
A verdade é que muitos fatores colaboram para o aumento no valor do produto, como explica a economista Flávia Rapozo, do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES).
A principal delas é mesmo a escassez da fruta. Revendedores capixabas têm adquirido o abacate de uma única fonte, em Minas Gerais. Isso faz com que aconteça um desabastecimento do estoque, uma vez que não há produtos suficientes para suprir a demanda.
"O custo do quilo do abacate aumentou muito em função da escassez do produto. Atualmente, todos estão comprando de São Gotardo, Minas Gerais, que não tem produção suficiente para atender a demanda", explica.
Mas o que, afinal, causa esta entressafra? A economista relata que a própria instabilidade climática, percebida em diversos estados brasileiros, colaborou para uma produção abaixo do esperado para a fruta.
Este é o caso de Minas Gerais, de onde tem chegado a maior quantidade de abacates, assim como São Paulo e o próprio Espírito Santo, que também é um estado produtor.
Isso se dá, de acordo com a economista, por conta de os estados terem passado por períodos de seca intercalados com fortes chuvas.
"O abacate vem do próprio Espírito Santo, São Paulo e Minas. Todos esses locais têm sido afetados pelas questões climáticas. Períodos de seca intercalados com fortes chuvas. Os fatores climáticos interferiram inclusive influenciando no período da safra, que foi antecipado, e por isso agora o produto está em falta", relatou.
Previsão para estabilidade no preço
Apesar da dor no bolso, Flávia Rapozo afirma que o período de alta nos preços deve ser momentânea e a normalização dos valores parece estar próxima, o que pode dar um alívio ao consumidor.
Segundo a economista, a expectativa é de que o preço do abacate tenha queda nas próximas duas semanas.
"A expectativa é que em duas semanas o equilíbrio entre oferta e demanda esteja equacionado. A expectativa é de baixa dos preços em função da oferta de produtos de maior qualidade", informa.
Fonte: Folha Vitória