Texto segue agora para discussão no Senado Federal, que deve analisá-lo amanhã
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_f035dd6fd91c438fa04ab718d608bbaa/internal_photos/bs/2024/q/s/MW1qrmSrWtAT9kIluivw/109484394-pa-20-20bras-c3-adlia-20df-2017-12-2024-20reforma-20tribut-c3-a1ria-20-20texto-20entra-20em-20discuss-c3-a3o-20na-20c-c3-a2mara-20dos-20de.jpg)
A Câmara dos Deputados concluiu a aprovação do projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal com a inclusão de emenda que extingue o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT, e limita o bloqueio das emendas parlamentares apenas as não impositivas. O texto segue para discussão no Senado Federal, que deve analisá-lo já nesta quinta-feira (19).
O texto principal do projeto foi aprovado na terça-feira, mas os três requerimentos da oposição para votar separadamente mudanças no texto foi adiado para esta quarta-feira e acabou virando um acordo.
Em troca da retirada da proposta que obrigava o Executivo a prosseguir o centro da meta de resultado primário, o governo topou acabar com o DPVAT e o corte apenas nas emendas de comissão (o que pode render apenas R$ 1,7 bilhão em 2025).
Uma emenda foi aprovada nesta quarta-feira com essas mudanças e aprovada por 444 deputados a 16, com voto contrário apenas do Psol.
A nova versão do DPVAT foi criada pelo Congresso este ano a pedido do governo Lula, mas enfrentava muita impopularidade e rejeição dos governadores, que não assinaram convênio com a União para fazer a cobrança. O seguro serviria para pagar indenizações para vítimas graves de acidentes de trânsito e para fortalecer os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A cobrança do SPVAT começaria em janeiro de 2025, mas o governo até agora não divulgou valor e optou por recuar e apoiar a extinção antes mesmo que a cobrança ocorresse.
Emendas
Além disso, diante do risco de derrota, o governo fez um acordo com os deputados para que apenas as emendas parlamentares ao Orçamento não impositivas possam ser bloqueadas se ocorrer aumento de despesas obrigatórias que coloque em risco o arcabouço fiscal. Essa mudança diminuirá a potência fiscal da medida em quase 80%.
As emendas impositivas, que são individuais ou de bancada estadual, continuarão a ser objeto apenas de contingenciamento (se houver frustração de receitas que impeça atingir a meta fiscal). Elas somam R$ 39,5 bilhões em 2025 e, caso o bloqueio fosse aprovado, o governo poderia cortar até R$ 5,9 bilhões desses pagamentos.
Agora, com a nova regra aprovada, o bloqueio incidirá somente sobre as emendas de comissão (R$ 11,5 bilhões em 2025) e de bancada estadual que não forem impositivas (o valor ainda depende da aprovação da lei orçamentária anual). O limite será de 15%, proporcional ao bloqueio das despesas discricionárias do próprio Poder Executivo.
A alteração permitirá ao governo cortar no máximo R$ 1,7 bilhão das emendas.
Fonte: Valor Econômico


.gif)