Batizada por especialistas como a “era indetectável” da cirurgia plástica, essa nova fase é impulsionada não apenas por uma mudança estética, mas também pelos avanços tecnológicos
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O rosto rejuvenescido, mas sem exageros. Essa é a nova promessa da cirurgia plástica facial, que caminha para uma era mais sutil e personalizada — Foto: Freepik
O rosto rejuvenescido, mas sem exageros. Essa é a nova promessa da cirurgia plástica facial, que caminha para uma era mais sutil e personalizada. O objetivo? Rejuvenescer sem apagar traços, respeitando a individualidade de cada paciente. Um contraste direto com o visual artificial que marcou os procedimentos em décadas passadas.
— Nos últimos anos, os pacientes têm buscado rejuvenescer sem perder a identidade, evitando o aspecto artificial que alguns procedimentos causaram no passado — afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
— Isso se reflete em escolhas mais sutis, com técnicas que preservam a naturalidade do rosto — completa.
A “era indetectável” da cirurgia plástica
Batizada por especialistas como a “era indetectável” da cirurgia plástica, essa nova fase é impulsionada não apenas por uma mudança estética, mas também pelos avanços tecnológicos.
— Essa busca por naturalidade vai além da moda: reflete o progresso das técnicas e o uso de recursos mais precisos. Celebridades e influenciadores com visuais equilibrados também colaboram para essa virada — pontua o médico.
Entre os procedimentos mais procurados nessa nova abordagem estão o lifting facial, a rinoplastia e a blefaroplastia. O foco agora é intervir com mais delicadeza, respeitando a anatomia.
— A principal evolução está na abordagem menos invasiva e na preservação da estrutura facial. O deep plane facelift, por exemplo, atua em camadas profundas, sem tensionar excessivamente a pele, o que evita aquele efeito artificial de liftings antigos — explica Rubez.
Na prática, isso significa trabalhar o chamado SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), em vez de apenas esticar a pele. A ideia é reposicionar músculos e tecidos, garantindo um resultado mais duradouro e harmônico. A cirurgia das pálpebras, ou blefaroplastia, também mudou. Sai a retirada agressiva de pele, entra a sutileza:
— Hoje, removemos apenas o excesso necessário, sempre preservando o contorno natural dos olhos — detalha o especialista. Na rinoplastia, o discurso também mudou. O nariz extremamente fino e empinado, que já foi padrão, dá lugar a resultados personalizados e funcionais:
— Muitos pacientes não querem mais apagar suas raízes ou ter um “nariz padrão”. A preferência por narizes mais fortes e naturais mostra uma transformação nos ideais de beleza ao longo das gerações — diz.
O futuro da cirurgia plástica estética, segundo ele, será ainda mais tecnológico e individualizado.
— Veremos mais uso de biomateriais modernos, integração com inteligência artificial e simulações em 3D para prever os resultados com maior precisão. A robótica, por exemplo, já é realidade em alguns procedimentos e deve crescer ainda mais nos próximos anos — afirma.
Nesse contexto, os robôs atuam como aliados do cirurgião, oferecendo precisão, visualização em 3D e estabilidade durante o procedimento.
— O robô é apenas uma extensão do braço do cirurgião. Ele aumenta a segurança e melhora o acesso a áreas difíceis, mas todas as decisões continuam sendo humanas — completa.
Fonte: O Globo