Record é condenada pela Justiça a indenizar Arnaldo Duran; jornalista foi demitido da emissora após descobrir doença rara e incurável
Decisão tomada! No último dia 25 de abril, a TV Record foi condenada a pagar uma indenização de R$ 400 mil por danos morais ao jornalista Arnaldo Duran, que foi demitido da emissora no Natal de 2023. Segundo documento divulgado pela Folha de São Paulo, a dispensa foi considerada irregular e determinou, além do pagamento, a recontratação do profissional.
O que aconteceu?
Em 2016, Arnaldo Duran, que trabalhou na TV Record por 17 anos, foi diagnosticado com Ataxia Espinocerebelar tipo 3 - condição também conhecida como Síndrome de Machado-Joseph ou "doença do tropeção". Considerada rara e incurável, a doença causa a degeneração do sistema nervoso central, comprometendo a coordenação motora e o equilíbrio da pessoa afetada.
No ano de 2023, o jornalista foi demitido enquanto ainda estava em tratamento, e moveu uma ação contra a emissora por danos morais, verbas trabalhistas e ilegalidade em seu desligamento. Como prova, Duran anexou no processo diversos depoimentos em programas da Record, onde contava que quase perdeu a fala por causa da doença, mas recuperou-se após o tratamento e orações.
Qual foi a decisão da Justiça?
Assinada pela juíza Daniela Mori, da 89ª Vara do Trabalho de São Paulo, a ação considerou que a dispensa de Duran teve "caráter arbitrário e discriminatório". "Os elementos trazidos pelos autos demonstram que a sua condição de saúde contribuiu para sua dispensa, ou seja, a rescisão contratual possuiu motivação ilícita", declarou. A Record ainda não se manifestou sobre o caso, mas a decisão ainda cabe recurso da defesa.
Quem é Arnaldo Duran?
Arnaldo Duran é um jornalista brasileiro com quase 50 anos de carreira, tendo atuado em emissoras como Globo, SBT e Record. Iniciou sua trajetória aos 13 anos como locutor mirim em Tupã (SP). No SBT, foi um dos criadores do jornal "Aqui Agora", e fez sucesso com reportagens policiais nos anos 90. Em 2016, foi diagnosticado com ataxia espinocerebelar tipo 3, uma doença degenerativa. Após ser demitido da Record em 2023, entrou na Justiça alegando discriminação, e a emissora foi condenada a recontratá-lo e pagar R$ 400 mil por danos morais.
Fonte: Terra Notícias