Um grupo formado por 19 federações estaduais do futebol brasileiro "abandonou" Ednaldo Rodrigues após a decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) de afastá-lo da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
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Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Staff Images/CBF |
Entitulado como "Manifesto pela Estabilidade, Renovação e Descentralização do Futebol Brasileiro", o documento reuniu assinaturas dos presidentes de 19 das 27 federações, que se colocam, agora, a favor de novas eleições, sem a presença de Ednaldo.
As associações, inclusive, se colocaram à disposição para buscar uma candidatura única, a fim de garantir "estabilidade institucional" na CBF. "O cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão".
"Assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos", completou o documento.
Apenas oito estados não assinaram o manifesto: Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Tocantins.
Veja o manifesto assinado pelas 19 federações:
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.
Fonte: ESPN