Segundo site Politico, consulados dos EUA receberam comunicado ordenando pausa em entrevistas para pedidos de vistos de estudantes. Governo ainda não se pronunciou oficialmente.
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O presidente dos EUA, Donald Trump — Foto: Ken Cedeno/Reuters
O governo de Donald Trump ordenou a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes, segundo uma reportagem publicada pela agência Reuters nesta terça-feira (27).
A TV Globo confirmou com fontes do governo americano no Brasil que os processos estão suspensos. A Embaixada dos EUA no país já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados.
Até a última atualização desta reportagem, o governo dos Estados Unidos ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a decisão.
De acordo com o site "Politico", uma fonte da diplomacia americana afirmou que Washington também está considerando passar a analisar as redes sociais de todos os solicitantes desse tipo de visto — necessário para quem pretende fazer qualquer curso nos Estados Unidos.
Como a nova diretriz ainda está em análise, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária do processo de emissão novos vistos.
Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA — responsáveis pela concessão de vistos — orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos, última etapa do processo de solicitação do visto de estudos.
As entrevistas são o segundo e último passo que os requerentes de vistos de estudos nos EUA têm de passar para conseguir o documento.
A notícia chega dias depois de o governo dos EUA proibir a Universidade Harvard, a mais prestigiosa do país, de ter alunos estrangeiros, na maior escalada entre Washington e a universidade, que vem se negando a adotar medidas exigidas pela gestão Trump.
A proibição, que afetaria cerca de 7.000 estudantes estrangeiros — um em cada quatro alunos da universidade —, foi anunciada na quinta-feira (23) pelo Departamento de Segurança Interna. No dia seguinte, o Tribunal Federal de Boston suspendeu a decisão após uma queixa apresentada pela direção da universidade.
Na ação judicial, Harvard afirmou que a medida do governo poderia provocar “efeitos devastadores” sobre a vida dos estudantes internacionais, que dependem do visto para permanecer legalmente no país.
“Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, disse a instituição, que tem 389 anos. “Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard — estudantes que contribuem significativamente para a universidade e sua missão.”
A universidade também classificou a decisão como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, além de outras leis federais.
Fonte: G1