Sueli Leal Barbosa, também brasileira, morava no país há 20 anos. Ela pulou do quarto andar e acabou morrendo na queda.
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Sueli Leal Barbosa tinha 48 anos. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O brasileiro Michael Pereira, de 45 anos, foi preso pela polícia de Milão, na Itália, suspeito de atear fogo em apartamento na qual sua mulher, Sueli Leal Barbosa, de 48 anos, também brasileira, acabou morrendo. Ela pulou para fora direto do quarto andar do prédio tentando fugir do fogo.
Segundo os agentes, durante o interrogatório, o homem não mostrou 'qualquer tipo de dor e muito menos remorso' e teria falado diversas mentiras, como o fato de não ter tido nenhuma discussão entre os dois - algo que foi falado por vizinhos - até o motivo do início do incêndio.
O brasileiro nega qualquer tipo de envolvimento com o crime.
Michael é acusado de ter provocado o incêndio. Ele deixou o local logo após o início do fogo, que ganhou força pela presença de substâncias inflamáveis em alguns pontos da casa. A porta principal foi fechada.
A promotora Maura Ripamonti diz que Pereira teria afirmado que o incêndio começou por conta de um problema na caldeira de aquecimento de água, que é com gás, e o hábito dela de acender velas.
'Sueli e eu discutimos, ela estava brava comigo porque queria que eu me juntasse a ela na cama em vez de beber, fiquei irritado, fumei um cigarro e, pouco antes de sair, joguei-o no tapete em frente ao sofá. Ela era obcecada por limpeza, eu só queria irritá-la, não pensei que fosse provocar um incêndio. Especifiquei que ela limpou o carpete e o sofá com álcool e amônia', afirmou no interrogatório.
Ripamonti diz que o homem 'admite sua responsabilidade pelo incêndio criminoso por negligência, negando ter pretendido a morte de sua companheira, de quem se declara profundamente arrependido, embora esse arrependimento não transpareça de forma alguma do relatório do interrogatório e da gravação em vídeo relacionada'.
Sueli morreu nessa quinta-feira (5). O incêndio ocorreu na madrugada de quarta (4) para quinta. Eles vivem uma união estável, mas não há informações sobre há quanto tempo estão juntos na Itália. A brasileira, no entanto, morava no país há 20 anos e trabalhava no Instituto Nacional do Câncer, além de ser mãe de uma criança, segundo jornais locais.
Após o episódio, Pereira foi localizado em um bar das redondezas, onde foi conduzido para a delegacia.
O Ministério Público diz que, como medidas cautelares, há o risco de fuga do brasileiro 'por ser sujeito de origem estrangeira, atualmente sem residência efetiva no território, sem local de trabalho estável, que poderia, portanto, facilmente escapar às buscas das autoridades', retornando 'ao seu país de origem e encontrando refúgio com familiares'. Até por isso, a prisão foi solicitada.
Fonte: CBN
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