Pesquisadora liderou escavações no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que comprovaram e mudaram o entendimento sobre a presença humana nas Américas.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/J/b/Xy7ATtTNSlzJnVhNixYw/padrao-imagem-g1-64-.png)
Arqueóloga Niède Guidon — Foto: Divulgação
Morreu, aos 92 anos, na madrugada desta quarta-feira (4), em São Raimundo Nonato, a arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon. A informação foi confirmada pela diretora do Parque Nacional da Serra da Capivara, Marian Rodrigues. "Partiu como um passarinho, tranquila", relatou a diretora.
A causa da morte ainda será divulgada pela equipe médica.
Niède liderou escavações no Parque Nacional que comprovaram e mudaram o entendimento sobre a presença humana nas Américas. Era pesquisadora, foi professora universitária e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Fundou o Museu do Homem Americano e foi a grande responsável por transformar a região da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, em um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo. Foi bastante influente na preservação do patrimônio cultural e natural do Brasil.
Quem foi a arqueóloga Niède Guidon
Niède nasceu em 12 de março de 1933, em Jaú (SP), filha de pai francês e mãe brasileira. Ela se formou em história pela Universidade de São Paulo (USP) em 1959. Ela foi para a França lecionar e voltou ao Brasil em 1970, quando conheceu as pinturas rupestres de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí.
A pesquisadora encontrou desenhos datados de até quase 30 mil anos e obteve o doutorado em pré-história pela Universidade de Paris em 1975.
A arqueóloga revolucionou a história do "homem americano" e cujo trabalho levou a Unesco a declarar a Serra da Capivara como patrimônio cultural da humanidade.
Fonte: G1