Vale a pena comprar bicicleta elétrica usada? Veja dicas para fazer um bom negócio


Observar a procedência, exigir nota fiscal e verificar o estado da bateria são alguma dicas que podem evitar dores de cabeça ao optar pela e-bike usada

Ao procurar por um modelo usado, desconfie de preços muito abaixo do mercado ou de vendedores que não saibam dar detalhes Crédito: Shutterstock

As bicicletas elétricas caíram no gosto dos brasileiros. Não é à toa que houve um aumento de 66,2% na produção delas no país de 2023 para 2024, alcançando 19.147 unidades. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Além da produção, a procura também cresceu. De acordo com a OLX, o aumento foi de 59,6% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Há quem prefira a bicicleta nova, mas muitos estão optando pela bike usada, já que o valor pode ser menor. No entanto, alguns cuidados são necessários na hora de escolher uma e-bike de segunda mão. Veja a seguir.


Saiba a procedência

Antes de fechar negócio, peça mais informações sobre a bicicleta para descobrir se ela foi adquirida em loja especializada, se teve mais de um dono ou se passou por consertos importantes. Conhecer a procedência da e-bike é fundamental para evitar problemas futuros. Além disso, desconfie de preços muito abaixo do mercado ou de vendedores que não saibam dar detalhes. Isso pode ser um sinal de que o produto foi furtado, adulterado ou mal conservado.


Exija nota fiscal

Este deve ser um item obrigatório. Além de comprovar a procedência, a nota fiscal é essencial caso você precise acionar a garantia, se ainda estiver válida, ou queira revender o modelo futuramente. Sem esse documento, pode ser mais difícil revender ou ter informações seguras sobre a bicicleta.

“É fundamental ter cuidado ao comprar em locais que não emitem nota fiscal ou que não oferecem garantia de origem, pois existe o risco de adquirir um produto falsificado ou até mesmo proveniente de furto”, afirma o gerente geral da Emobi, João Andrade.


Atenção à bateria

Depois de conhecer a procedência, a bateria é um dos pontos que merecem mais atenção, já que é um dos itens mais caros da bicicleta e, em boas condições, pode elevar o preço da bike usada. “A condição da bateria é algo a se preocupar, porque o valor investido pode chegar muito próximo do valor de uma bike nova, caso a bateria esteja em boas condições de uso” destaca o gestor da Lev Vitória, Guido Belchior.

Segundo Guido, a Lev trabalha com bikes seminovas e todo modelo vendido sai da loja com uma bateria nova e a bicicleta revisada. Quando não for o caso, peça informações sobre a autonomia atual da bateria, o tempo de uso e se já foi substituída. Baterias com desgaste severo podem exigir troca em pouco tempo, deixando o negócio menos vantajoso.

A média de vida útil de uma bateria é de dois a três anos ou entre 700 a 1.000 ciclos de carga. Já o preço de uma nova bateria varia de R$ 2.000 a R$ 2.800, conforme o modelo e capacidade (por exemplo, 48V 15Ah). As informações são do gerente geral da Emobi, João Andrade.


Disponibilidade de suporte e peças de reposição

Antes de comprar, pesquise se o modelo ainda é fabricado e se há peças de reposição, além de disponibilidade de assistência técnica. Nesse sentido, segundo a sócia e diretora comercial da Bee Green Vix, Alessandra de Araújo José, uma dica é dar preferência a lojas que façam a importação direta dos produtos que vendem.

“O diferencial está em saber se a loja apenas revende ou se é responsável pela importação dos próprios produtos. Isso garante ao cliente mais qualidade e um pós-venda mais seguro, especialmente com uma assistência técnica especializada”, pontua.


Fonte: A Gazeta



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