Carros de luxo, joias e dólares: veja os itens apreendidos pela PF em operação contra o tráfico de drogas que prendeu o influencer Buzeira


No total, a Polícia Federal cumpriu onze mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais nesta terça-feira (14). A Justiça também mandou bloquear mais de R$ 630 milhões.



Polícia Fedeal faz operação contra o narcotráfico

Mirando um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligada ao tráfico internacional de drogas, a Operação Narco Bet, da Polícia Federal (PF), apreendeu carros de luxo, joias, relógios, jet skis e dólares nesta terça-feira (14).

Ao menos dois veículos estavam na casa do contador Rodrigo de Paula Morgado, em Mogi das Cruzes, na Grande SP. Os veículos foram transferidos para a sede da PF no bairro da Lapa, Zona Oeste da capital paulista.

Um dos carros é uma McLaren 765, modelo LT Spider 2022, que custa mais de R$ 5 milhões mercado.

Morgado é apontado pela PF como o operador financeiro do esquema milionário de lavagem de dinheiro descoberto nesta quarta (14). Ele movimentou milhões de reais em operações usando empresas de fachada e em nome de laranjas 


Polícai Federal apreende carros importados durante a 'Operação Narco Bet', na manhã desta terça-feira (14), na casa do contador Rodrigo Morgado, em Mogi. — Foto: Divulgação/PF

No total, os federais tinham 11 ordens de prisão e 19 mandados de busca e apreensão para cumprir em quatro estados brasileiros nesta terça (14): São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

As medidas judiciais incluem ainda o bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 630 milhões dos alvos da operação, como imóveis de luxo em poder da quadrilha.

“Era um sistema de remessa e lavagem de dinheiro para o exterior, num montante considerável, envolvendo corretoras de criptomoedas e algumas empresas de aposta on-line, conhecidas como bets. O foco da operação foi a descapitalização da organização criminosa. Nós pedimos o bloqueio de mais de R$ 630 milhões que foi deferido pela Polícia federal, além da apreensão de carros, aeronaves, jet-skis e imóveis em poder da organização criminosa”, disse o delegado Marcelo Maceiras, da PF.

Entre os presos desta terça (14) estão o influencer Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, e o empresário Rodrigo Morgado, dono de uma empresa de contabilidade e autointitulado nas redes sociais como "expert em redução de impostos".

PEÇA-CHAVE: Contador Rodrigo Morgado é apontado como operador de esquema que lavava dinheiro do tráfico em apostas; entenda como funcionava
PERFIL: Quem é Buzeira, influencer com 15 milhões de seguidores preso pela PF

Rodrigo Morgado foi preso e já teve veículos apreendidos também durante Operação Narco Vela, da Polícia Federal — Foto: Redes sociais e PF

Rodrigo Morgado ficou conhecido após sortear um carro em uma festa da empresa e tomar o veículo da funcionária sorteada.

Com mais de 15 milhões de seguidores, Buzeira ganhou notoriedade nas redes sociais promovendo rifas e sorteios de carros, artigos de luxo e ações promocionais. A defesa dele e de Morgado não foram localizadas pela reportagem.

A investigação da PF aponta que o dinheiro do esquema pode ter sido direcionado para o setor de apostas eletrônicas, as chamadas bets.

“Algumas bets eram sim regularizadas. Nós temos informação que parte do valor necessário para conseguir a licença dessas bets tem origem ilícita. Outras bets tem sede no exterior e precisamos aprofundar as investigações para ter mais informações sobre essas empresas”, disse Marcelo Maceiras.

A Operação Narco Bet conta com apoio e cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA), responsável pela execução de medida cautelar de prisão contra um dos investigados atualmente localizado em território alemão.

O influencer Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, foi preso pela PF — Foto: Divulgação/Redes Sociais

A ação é um desdobramento da Operação Narco Vela, que mirou a repressão ao tráfico de drogas por via marítima, a partir do litoral brasileiro.

As investigações indicam que o grupo criminoso usava criptomoedas e enviava recursos para contas no exterior para tentar esconder a origem do dinheiro ilícito.

Os alvos da operação poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional, segundo os investigadores federais.

Relógio e dinheiro apreendido pela 'Operação Narco-Bets', da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (14). — Foto: Divulgação/PF


Fonte: G1



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