Uma mulher matou o marido aplicando um golpe popular no jiu-jítsu, conhecido como “mata-leão”, durante uma briga na madrugada da segunda-feira (27), em Ceilândia, no Distrito Federal. Segundo informações da Polícia Militar, a suspeita alegou ter reagido a mais uma agressão física do companheiro.
O caso ocorreu por volta das 2h10, em uma residência no Setor P Norte. De acordo com o boletim policial, vizinhos relataram ter ouvido gritos e uma discussão antes de acionarem a PM. Quando as equipes chegaram ao local, encontraram o homem já sem vida e a mulher em estado de choque.
Vítima morreu no local após imobilização
A mulher contou aos policiais que o marido a atacou fisicamente durante uma discussão e que, na tentativa de se defender, aplicou o golpe de imobilização, usado em artes marciais como o jiu-jítsu e o MMA. O homem perdeu a consciência e não resistiu.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e confirmaram o óbito ainda no local. A perícia criminal foi chamada para realizar os levantamentos técnicos, e o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame cadavérico.
Histórico de violência doméstica
De acordo com a ocorrência, o casal vivia uma relação marcada por episódios de violência. A mulher havia registrado boletins de ocorrência anteriores contra o companheiro e chegou a solicitar medida protetiva, que já não estava em vigor no momento do crime.
Ela apresentava escoriações no rosto e hematomas nos braços, compatíveis com luta corporal. Após ser presa em flagrante, foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde recebeu atendimento médico antes de ser conduzida à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).
Investigação vai apurar se houve legítima defesa
A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou inquérito para apurar o caso. O crime foi registrado inicialmente como homicídio decorrente de violência doméstica, mas os investigadores avaliam se houve legítima defesa.
A suspeita será formalmente ouvida após alta médica. Segundo a corporação, o caso também será acompanhado pela Divisão de Homicídios (DHPP), responsável por casos de feminicídio e violência familiar no DF.
A polícia deve aguardar o resultado do laudo cadavérico e da perícia de local para determinar a dinâmica exata da morte.
Fonte: Jornal Opinião


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