Damaris Vitória, de 26 anos, ficou presa preventivamente por seis anos e faleceu após ser inocentada pelo júri; família questiona atraso no julgamento e falta de acesso ao tratamento adequado.
Uma jovem de 26 anos, chamada Damaris Vitória Kremer da Rosa, que esteve presa por seis anos no estado do Rio Grande do Sul, foi absolvida pelo júri popular em agosto de 2025 — mas acabou falecendo dois meses depois, em outubro, vítima de um câncer no colo do útero.
O que aconteceu
• A prisão preventiva de Damaris começou em agosto de 2019, em razão de uma acusação de envolvimento em homicídio ocorrido em novembro de 2018, na cidade de Salto do Jacuí (RS).
• Durante o andamento do processo, Damaris relatou dores e sangramentos, e somente em março de 2025 a prisão dela foi convertida em prisão domiciliar por conta do agravamento da doença.
• Em abril de 2025, ela já cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica na casa da mãe, em Balneário Arroio do Silva (SC).
• No júri realizado em agosto de 2025, a jovem foi absolvida de todas as acusações.
• Apenas 74 dias após essa absolvição, Damaris faleceu em decorrência do câncer.
A história de Damaris mostra vários entraves: a demora no julgamento, a doença que avançou sem que ela tivesse plena liberdade para se tratar, e o fato de ela ter passado tanto tempo presa sob acusação séria — e só ser considerada inocente no fim.
Além disso, há uma dimensão humana forte: uma vida tão jovem interrompida, uma doença que se agravou dentro de um sistema penal, a intimidade de cumprir prisão domiciliar com tornozeleira já fragilizada — tudo isso teve um peso.
Da Redação com informações do G1


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