Pai que engravidou filha 2 vezes é investigado por estupro de neta de 6 anos


Exame de DNA pode confirmar que criança também é filha do homem de 56 anos, que foi preso nessa quinta-feira (26)

Pai que engravidou filha é investigado por estupro de neta de 6 anos em Joinville – Foto: Carlos Jr./ND

Novos detalhes da dinâmica familiar e situações de abuso constante que uma mulher de 26 anos era submetida pelo pai em Joinville, no Norte catarinense, foram revelados pela Polícia Civil.

Ele foi preso nessa quinta-feira (26) pelo crime de estupro e estupro de vulnerável. A investigação apontou que o homem, de 54 anos, cometia o crime contra a própria filha, que chegou a engravidar duas vezes e hoje tem uma criança de 6 anos.


Estupro contra neta é investigado

O homem também é investigado por abusar dessa criança, que segundo a vítima é filha dele. “A escola com um olhar atento a criança, filha da vítima, percebeu que havia suspeitas de que ela poderia estar sendo abusada sexualmente”, revelou a delegada da Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, a Mulher e ao Idoso), Georgia Marrianny Gonçalves Bastos.

A investigação iniciou no dia 16 de junho de 2025. A denúncia partiu do Conselho Tutelar, após acionamento realizado pela escola da criança. Procurada pelo órgão, a mulher então decidiu relatar a violência sofrida pelo pai.


Abusos se estenderam por anos

“Ela vivencia isso há décadas. Os abusos começaram quando ela tinha 10 anos. Esse homem sempre a coagiu, sempre foi muito intimidador e sempre muito controlador, tanto que a gente identificou na casa câmera de monitoramento. Ele monitorava ela, controlava todas ações”, disse a delegada.

A mulher foi levada para um abrigo. Já o homem confessou que abusava da filha, segundo a delegada. “Ele demonstrou naturalidade. Do ponto de vista dele, ele comete isso há anos, faz parte de uma relação, é normal para ele. Ele chorou, mas de fato é um homem que entende que aquilo era natural”, comentou a delegada.


Casa era monitorada

Além de câmera de monitoramento, a casa onde viviam não tinha privacidade. Segundo a investigação, não tinha portas entre os cômodos. “É muito claro o controle que ele exercia sobre ela. Em todas as situações, ele quem procurava a escola para resolver e se colocava nessa figura pai, avô cuidador, até para evitar que isso tudo viesse à tona”, relatou a delegada.


Perfil controlador

No âmbito familiar, mantinha o mesmo perfil controlador. “Ele racionava a comida para poder obter relação sexual com ela. Foi uma vida muito dura, de muita coerção. A gente acredita que essa mulher nunca teve a oportunidade padrão de vida, que bom que ela rompeu o silêncio”.


Exame de DNA vai comprovar paternidade da criança

A investigação já tem um próximo passo. “Vamos colher material genético, DNA, para gente confirmar se a criança é filha dele. A vítima que também está grávida relata que é fruto desse relacionamento. Vamos apurar também a participação da família, se sabia ou não”, explicou.


Fonte: ND Mais



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