Polícia Civil alegou que não teve situação de flagrante e que por isso não poderia prender Dihony Gonçalves Viana. Wagner Aguiar dos Santos, de 36 anos foi morto a tiros em Pontal do Ipiranga.
Após três dias, o autônomo Dihony Gonçalves Viana, 40 anos, se entregou a polícia e confessou que matou o atual companheiro da ex-esposa em Pontal do Ipiranga em Linhares, Norte do Espírito Santo, a tiros dentro de um carro. Segundo a Polícia Civil, por não ter situação de flagrante, Dihony foi ouvido e liberado na terça-feira (29).
O advogado de Dihony, Arthur Borges Sampaio, disse que a arma do crime foi entregue na delegacia na manhã desta quarta-feira (30).
Morto dentro do carro
Wagner Aguiar dos Santos, de 36 anos, foi atingido por três disparos na altura do pescoço e morreu no local na manhã do dia 26 de julho, na frente da atual mulher, Josiane Pereira, 29 anos.
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Wagner Aguiar dos Santos, 36 anos, executado dentro do carro em Pontal do Ipiranga, Linhares, Norte do Espírito Santo — Foto: Reprodução
O casal estava junto há quase dois anos. No dia do crime, a mulher contou para a Polícia Militar que o ex-marido dela foi quem efetuou os disparos e matou o homem. Segundo ela, a briga teria acontecido porque Dihony não aceitava o fim do relacionamento.
A Polícia Civil informou que o suspeito compareceu voluntariamente à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Linhares, acompanhado de advogado, e apresentou sua versão dos fatos.
A polícia esclareceu ainda que, conforme prevê a legislação brasileira, a prisão de suspeitos só pode ser realizada em situação de flagrante delito ou por meio de mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário.
Como nenhuma dessas condições estava presente no momento da apresentação, o homem foi ouvido e, em seguida, liberado.
Depoimento
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Polícia Civil alegou que não teve situação de flagrante e que por isso não poderia prender Dihony Gonçalves Viana, espírito santo — Foto: Redes Sociais
Dihony relatou para a polícia que teve um relacionamento com Josi por quase nove anos e que os dois estavam separados há 1 ano e cinco meses. Dihony e Josiane tem juntos um filho de 5 anos.
O suspeito disse ainda que descobriu que a ex-mulher estava se envolvendo com Wagner e que o homem possuía diversas passagens pela polícia.
Em depoimento à polícia, Dihony disse que, com medo do filho do casal estar exposto a algum perigo, alertou a ex sobre o histórico criminal da vítima. Dihony narrou ainda que após Wagner saber dessa conversa, ele passou a ser ameaçado.
O crime aconteceu quando a ex foi buscar o filho. Wagner e o suspeito começaram a discutir, e Dihony reforçou, em depoimento, que só estava armado porque se sentia ameaçado.
O advogado disse que seu cliente registrou boletins de ocorrência relatando as ameaças.
"Explicamos tudo o que aconteceu para o delegado, o Dihony não tem passagem alguma, só tem dessa arma que foi presa que ele tinha comprado por medo do Wagner", explicou o advogado.
Fonte: g1 ES