A média de idade das grávidas capixabas passou de 26,8 anos, em 2010, para 28,6 anos, em 2022, segundo o Censo do IBGE. Foi o terceiro maior aumento no país.
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Araceli Bufon, 47 anos, e o marido, Wendell Dias, do Espírito Santo, nunca pensaram em ter filhos — Foto: Divulgação
As mulheres do Espírito Santo estão seguindo uma tendência nacional e tendo menos filhos e engravidando cada vez mais tarde. Segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de idade das grávidas capixabas passou de 26,8 anos (em 2010) para 28,6 anos.
Esse aumento médio da idade da gravidez foi o terceiro maior do país, ficando atrás de Rondônia e Goiás. É a quinta idade média mais alta no país. No Brasil, a idade média aumentou de 26,8 para 28,1 anos, entre 2010 e 2022.
Quando o recorte dos dados é feito por cor ou raça, que revela desigualdades sociais, econômicas e culturais, o Censo 2022 apontou que as mulheres brancas apresentam maior idade média de fecundidade (29,6 anos), enquanto as pardas têm 28,3 anos, e as pretas, 27,5 anos.
A consultora em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Araceli Bufon, de 47 anos, nunca planejou engravidar e, mesmo com as pressões sociais, manteve-se convicta de que não seria mãe. "Nunca foi um desejo. Nem mesmo pensei que, para ser feliz, eu precisaria ter um filho", pontuou.
Ao se casar com Wendell Dias, a consultora encontrou um parceiro que também não queria filhos. Foi uma combinação perfeita de outras realizações: estudar e viajar.
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Brasil atinge a menor taxa de fecundidade da história, diz IBGE — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
No Espírito Santo, a taxa de fecundidade total do último levantamento era de 1,62 filho por mulher - um pouco acima do resultado nacional, de 1,55. Esse indicador estima o número médio de filhos que poderiam ser gerados ao longo da vida reprodutiva (na faixa etária de 15 a 49 anos).
A taxa ainda varia conforme o nível educacional: menos estudos, indicador maior. Assim, mulheres sem instrução ou fundamental incompleto têm taxa de 2,08 filhos, reduzindo gradativamente até chegar a 1,29 filho entre as mães com ensino superior completo.
Fonte: G1 ES