Remédios, receitas e atestados médicos falsos viram negócio nas redes sociais; plataformas lucram com anúncios



Redes clandestinas crescem mais de 20 vezes em sete anos e vendem documentos médicos com dados reais de profissionais sem consentimento. Canais funcionam como marketplaces e usam bots para driblar fiscalização.

O mercado de atestados e receitas falsas nas redes sociais

O pediatra João Batista, de 72 anos, estava no consultório quando recebeu uma carta do Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo questionando uma suposta enxurrada de atestados médicos emitidos por ele. “Disseram que eu tinha dado oito ou nove atestados para a mesma pessoa. Nunca a vi. Nem sei como conseguiram meus dados”, conta.

Não foi a primeira vez. Há seis anos, ele já havia sido vítima do mesmo esquema, que cresce exponencialmente na internet. E João não foi o único. Médicos pelo Brasil têm tido seus dados expostos e utilizados ilegalmente na falsificação de documentos.

Grupos nas redes sociais, em especial no Telegram, vendem medicamentos, receitas, atestados, laudos e até requisições de exames falsos com nomes reais de médicos — muitos deles nem sequer sabem que estão envolvidos.

Fonte: G1


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