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Foto: Divulgação |
A fazendeira Vilma Costa Binda, de 80 anos, assassinada pelo vaqueiro Antônio Marcos Arcendino da Silva, já desconfiava dele por roubo de gado. Segundo familiares e testemunhas, a idosa suspeitava que o funcionário vendia cabeças de gado sem sua autorização.
Antônio foi preso no último sábado (27), no distrito de Itamira, em Ponto Belo, cidade vizinha a Montanha, Norte do Espírito Santo, onde ocorreu o assassinato. Ele confessou ter matado a patroa a golpes de madeira para encobrir o roubo de três animais, vendidos por R$ 3.500.
A idosa era figura conhecida na região. De família tradicional, herdou a fazenda do pai e mantinha uma rotina ativa. Mesmo aos 80 anos, dirigia seu carro e ia diariamente à propriedade. Vilma havia contratado o vaqueiro pela quarta vez. Ele morava na fazenda há 45 dias.
Na quarta-feira (24), a fazendeira foi vista pela última vez. Segundo a polícia, Antônio atraiu Vilma até uma área de pasto, alegando que havia um problema em um cano. Quando a idosa se abaixou para verificar, foi atingida na cabeça e, já caída, recebeu novos golpes. O corpo foi encontrado dois dias depois, próximo a uma cerca da fazenda.
Após o crime, o vaqueiro foi visto em uma lanchonete no centro de Montanha, onde permaneceu por cerca de quatro horas. Em casa, a polícia apreendeu o pedaço de madeira utilizado no assassinato, além das chaves da caminhonete da vítima, escondidas em um local de difícil acesso.
No início, Antônio negou o crime, mas acabou confessando em detalhes. Ele indicou à polícia o local onde havia escondido a arma e o veículo da vítima. O delegado Waldir Marins, titular da Delegacia de Montanha, responsável pela investigação, afirmou que não restam dúvidas sobre a autoria do latrocínio.
A confissão foi muito detalhada, com informações que só o autor poderia saber. O crime foi praticado para assegurar a subtração e venda de gados da vítima.Walrdir Marins, delegado
O vaqueiro, que já tinha passagens pela polícia, foi transferido para um presídio da região e responderá pelo crime de latrocínio.
*Com informações da TV Vitória/Record.