Ex-cozinheira da Polícia Militar é assassinada após se recusar a envenenar comida de policiais


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Uma ex-cozinheira da Polícia Militar, de 45 anos, foi assassinada a tiros e facadas na madrugada do dia (18) no município de Saboeiro, no interior do Ceará, após se recusar a envenenar a comida de policiais militares a pedido de criminosos. A vítima era amiga e pessoa de confiança dos agentes com quem trabalhou durante anos.

Segundo as investigações, integrantes de uma organização criminosa teriam procurado a mulher enquanto ela ainda atuava na cozinha da corporação e exigido que colocasse veneno nas refeições servidas aos policiais. A recusa provocou a ira dos criminosos, que passaram a ameaçá-la de morte.

Na madrugada do dia 18, quatro homens invadiram a casa da vítima, arrombando a porta do quarto onde ela dormia com a filha de 12 anos. Em seguida, efetuaram disparos e golpes de faca, matando-a no local. A adolescente não ficou ferida, e outro filho, que estava em outro cômodo, ouviu o crime acontecer.

A mulher era muito próxima dos policiais e conhecida pela sua honestidade e lealdade aos agentes, segundo moradores e informações divulgadas pela TV Verdes Mares.


Prisões e andamento das investigações

Logo após o crime, a Polícia Civil do Ceará prendeu dois homens, de 20 e 21 anos, e apreendeu um adolescente, suspeitos de envolvimento na execução. O menor foi levado à Delegacia Regional de Iguatu, no centro-sul do estado, e teria confessado que recebeu a missão de matar a vítima, mas disse ter desistido na hora.

Entretanto, o filho da vítima relatou que o mesmo adolescente já havia ameaçado a mãe anteriormente, reforçando a suspeita de participação.

As prisões dos dois adultos foram convertidas em preventivas, e a polícia segue investigando a participação de outros envolvidos.

A principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado pela resistência da ex-cozinheira em colaborar com o plano da facção, que pretendia atingir policiais de dentro do refeitório da corporação, usando uma pessoa de confiança.

No momento em que foi morta, a mulher já não trabalhava mais para a Polícia Militar, mas continuava morando na mesma cidade e mantendo contato com os agentes, o que pode ter reforçado a retaliação dos criminosos.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil do Ceará, que apura todos os detalhes e possíveis conexões com organizações criminosas atuantes na região.

Fonte: Portal do Tupiniquin



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