Na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, uma peça íntima foi achada no chão de uma sala do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) — o que levou à abertura imediata de apuração interna.
O fato ocorreu dentro do setor do Núcleo de Audiências de Custódia, onde são realizadas audiências de custódia. A direção do fórum iniciou o processo verificatório com a análise das imagens de câmeras de segurança instaladas no corredor que dá acesso à sala onde a calcinha foi localizada.
Em entrevista concedida ao jornal, o juiz Bernardo Fajardo Lima, diretor da unidade, explicou que já foram checados os registros de entrada e saída da sala — porém, até o presente momento, ainda não há conclusão sobre o que realmente aconteceu.
Ele frisou que o simples fato de a peça íntima ter sido encontrada não gera automaticamente uma presunção de infração disciplinar. Conforme destacou, é comum que pessoas carreguem roupas sobressalentes em mochilas ou bolsas — por exemplo, para ir à academia antes do expediente — e que objetos possam cair involuntariamente desses compartimentos.
Por outro lado, se for comprovado que houve ingresso de pessoas não autorizadas na sala ou no prédio, o fórum poderá instaurar procedimento administrativo para averiguar infração disciplinar.
Sobre a segurança do edifício, o juiz disse que, até agora, não vislumbra necessidade de alterar o esquema vigente, uma vez que se trata de um evento isolado. Caso sejam identificadas falhas no sistema de segurança no decorrer da apuração, a Assessoria de Segurança do TJES tomará as providências cabíveis.
Entenda o caso:
A investigação teve início depois de ofício enviado pelo juiz André Guasti Motta, coordenador do Núcleo de Audiências de Custódia, relatando que duas servidoras da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) chegaram à sala na manhã de quarta-feira (29) e se depararam com a calcinha no local. Ele também registrou que, no dia anterior (terça-feira, 28), o acesso ao prédio estava restrito por conta do feriado de Servidor, e a sala havia sido trancada às 17 h ao fim do expediente. A limpeza só teria entrado no local na manhã seguinte, quarta-feira.
O ofício também mencionou que a sala contém equipamentos de informática, impressoras, mobiliário e documentos, alguns sob segredo de Justiça — por isso, o juiz Guasti ressaltou que o fato exige apuração imediata.
TJES ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o caso.



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