PF investiga fraude que desviou R$ 7 milhões de FGTS de jogadores e técnicos


Na ação, os agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro: três em residências de funcionários da Caixa e o outro em uma agência da estatal

Divulgação: Polícia Federal 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a terceira fase da operação Fake Agents, para apurar a prática dos delitos de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, relacionados a diversos saques do FGTS de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores.

Na ação, policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro: três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal e o outro em uma agência da estatal localizada no centro da capital fluminense.


Foram identificadas novas vítimas do mesmo grupo criminoso, estando entre elas diversos jogadores de futebol e ex-jogadores tanto nacionais quanto estrangeiros, além de treinadores brasileiros. Segundo as apurações, foram desviados cerca de R$ 7 milhões a partir do esquema.


Entre as vítimas identificadas estão:
  • Ramires, ex-jogador que atuou na Seleção e no Cruzeiro;
  • Raniel, jogou no Vasco e no Santos;
  • Titi, zagueiro que atuou no Vasco;
  • Cueva, peruano que passou pelo São Paulo;
  • João Jojas, que passou pelo São Paulo;
Segundo fontes da Polícia Federal, há indícios de que o ex-técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, também possa ter sido vítima da fraude.

A advogada Joana Costa Prado, que chefia o grupo, se fez valer de contatos em agências da Caixa localizadas na cidade do Rio de Janeiro para facilitar o levantamento dos FGTS. Ela teve a carteira da OAB suspensa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de outros delitos que possam ser eventualmente revelados no decorrer das apurações.


Investigação

A investigação foi iniciada após um banco privado encaminhar notícia-crime à PF acerca de uma possível fraude cometida em uma de suas agências. Uma conta bancária havia sido aberta mediante utilização de documentos falsos em nome de um jogador de futebol, com o posterior recebimento ilegal de valores advindos da Caixa, relativos à solicitação fraudulenta de recursos do FGTS daquele jogador. Estima-se um prejuízo de cerca de R$ 2,2 milhões somente da conta desse atleta.

A ação foi coordenada pela Polícia Federal com apoio da Área de Inteligência e Segurança da Caixa.

Fonte: Band News




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