Sintomas persistentes? Especialistas alertam sobre o crescimento da síndrome do olho seco


Uso prolongado de telas, ar‑condicionado e vida digital intensificam sintomas que prejudicam a visão e a qualidade de vida

Imagem: Freepik

A síndrome do olho seco, antes considerada mais comum em idosos ou pessoas com doenças específicas, tornou‑se uma queixa frequente nos consultórios de oftalmologia e preocupa especialistas devido ao aumento de casos entre adultos jovens. O problema já acomete um número significativo de brasileiros e está ligado principalmente a hábitos de vida modernos, como o uso intenso de computadores e celulares, além de ambientes com ar‑condicionado. 

A condição ocorre quando há redução na produção ou na qualidade das lágrimas, responsáveis por manter a superfície ocular lubrificada. Essa deficiência pode provocar sintomas persistentes como ardência, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, visão embaçada e fadiga ocular ao longo do dia. 

Especialistas apontam que, durante tarefas que exigem foco intenso — como trabalho ou lazer em frente às telas — o ato de piscar diminui significativamente, o que acelera a evaporação das lágrimas e potencializa os sintomas. A combinação com ar‑condicionado, baixa umidade do ar e ventiladores também contribui para agravar o quadro. 

O impacto da síndrome do olho seco vai além do desconforto físico. Estudos e relatos clínicos indicam que a condição pode reduzir a produtividade no trabalho, dificultar atividades como leitura prolongada e direção, e até afetar o bem‑estar emocional de pacientes que convivem com sintomas constantes. 

Para diagnosticar corretamente a síndrome, oftalmologistas utilizam equipamentos capazes de avaliar a qualidade das lágrimas e a função das glândulas lacrimais, permitindo identificar o problema ainda em estágios iniciais. 

O tratamento tem evoluído nos últimos anos. Além das tradicionais lágrimas artificiais, há opções mais avançadas, como osmoprotectores, anti‑inflamatórios específicos e terapias de luz pulsada para casos de disfunção das glândulas de Meibômio — uma causa comum de olho seco evaporativo. 

Especialistas continuam enfatizando que a prevenção é essencial. Medidas simples podem fazer grande diferença, como fazer pausas regulares ao usar telas (a cada 20 minutos), piscar conscientemente, evitar direcionar o ar‑condicionado diretamente ao rosto, manter boa hidratação e procurar um oftalmologista ao primeiro sinal de desconforto. 

Com a vida cada vez mais digital e o tempo em frente a dispositivos eletrônicos crescendo, a atenção à saúde ocular torna‑se indispensável para evitar que o incômodo evolua para um problema crônico e prejudique o dia a dia.





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