Espetáculo no Hangzhou Safari Park vira caso imagem-chocante e reacende debate sobre uso de animais em apresentações
Um show com ursos no Hangzhou Safari Park, na província de Zhejiang (China), terminou em caos no último sábado (6). Um dos ursos-negros envolvidos avançou repentinamente sobre seu tratador, derrubando-o no palco diante de um público em choque. O ataque foi filmado por visitantes.
Segundo a direção do parque, o incidente ocorreu quando o tratador carregava um saco com cenouras e maçãs — alimento usado como recompensa. O urso, atraído pelo cheiro da comida, reagiu de forma instintiva.
Funcionários correram para intervir. Usaram cadeiras, uma cesta de basquete, uma vara de bambu e outros objetos para forçar o animal a se afastar. Após cerca de 40 segundos de tensão, conseguiram retirá-lo do palco.
De acordo com nota oficial do parque: nem o tratador nem o animal sofreram ferimentos graves. Apesar disso, a administração decidiu cancelar imediatamente todos os shows com ursos e suspender a participação do animal envolvido nas apresentações.
📌 Detalhes do incidente e repercussão
A cena ocorreu no meio da apresentação aberta ao público — visitantes acompanharam o ataque em choque.
Testemunhas afirmam que o urso parecia mais interessado no alimento do que em agredir — o tratador e outros funcionários relataram que o saco de comida teria sido o gatilho da reação.
A interrupção do espetáculo e o cancelamento dos shows demonstram reação rápida do zoológico, que também prometeu revisão dos protocolos de segurança e monitoramento do animal.
O vídeo do ataque repercutiu nas redes sociais e reacendeu a discussão sobre o uso de animais selvagens em apresentações de entretenimento — com muitos questionando a ética e os riscos associados.
🧠 Reflexões e críticas: espetáculo, segurança e bem-estar animal
O episódio reacende uma velha polêmica: a de manter animais selvagens em shows para entretenimento. Mesmo treinados, ursos e outros animais mantêm instintos naturais que podem ser imprevisíveis — especialmente quando estimulados por comida, barulho ou estresse.
Para especialistas em bem-estar animal, casos como esse evidenciam os riscos físicos para tratadores e público, além do sofrimento e da vulnerabilidade dos animais envolvidos.
Além disso, há um argumento crescente nas redes e entre ativistas: que zoológicos e safáris deveriam deixar de oferecer “performances” com animais, priorizando ambientes mais naturais, cuidados adequados e observação sem espetáculos.
Da redação com imagens do o globo



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