Segundo o
levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva,
mais demitiram do que contrataram, registrando saldo negativo de 4,8 mil
empregos. Ao se agregar o resultado da Administração Pública a esses
saldo, no total foram gerados no país
48.436 postos de trabalho no país.
No
primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil
empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes
empresas (5,5 mil).
Enquanto
as micro e pequenas empresas registraram pequeno crescimento na geração de
empregos no primeiro semestre, as médias e grandes tiveram redução
significativa no saldo. Na comparação com o período de janeiro a junho de 2018,
as micro e pequenas empresas apresentaram crescimento de 0,8% na geração de
emprego e as médias e grandes, saldo 80% menor.
Setores
No
primeiro semestre, foram os pequenos negócios do setor de serviços que
sustentaram a geração de empregos no país, respondendo pela criação de 213,8
mil postos de trabalho, 55,2% do total. Os pequenos negócios da indústria de
transformação assumiram a segunda posição no ranking setorial, com criação de
56,6 mil empregos, seguidos pelas micro e pequenas empresas da agropecuária
(+54 mil empregos). Já os pequenos negócios que atuam no comércio registraram,
no primeiro semestre de 2019, demissão líquida de quase 50 mil trabalhadores.
De acordo
com os dados do Caged, no primeiro semestre, o comércio foi o único a registrar
foi o único semento a registrar saldo negativo, ao se considerar todos os
portes de empresas. O saldo negativo nesse setor chegou a 88,7 mil, na
comparação com o primeiro semestre de 2018. Ao apresentar os dados na última
quinta-feira (25), o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho
do Ministério da Economia, Matheus Stivali, avaliou que retração do emprego no
comércio é reflexo da atividade econômica em recuperação. “A explicação é
próprio desempenho fraco da economia. O comércio emprega pessoas de
qualificação média e é onde mais a crise econômica é sentida”, disse.
Estados
A maior parte
das contratações com carteira assinada aconteceram entre as MPE do estado de
São Paulo, com a criação de 15,2 mil postos de trabalho, acompanhadas das
empresas de Minas Gerais (mais 14 mil empregos). Isso fez com que o Sudeste
assumisse a liderança na criação de vagas de trabalho no mês de junho deste ano
(mais 33 mil empregos), sendo seguido pelos pequenos negócios da região
Centro-Oeste (mais 11,6 mil vagas).
Agência Brasil