BRASÍLIA – O ministro da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, afirmou que o limite máximo de saque de R$ 500 do FGTS (Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço) valerá para cada conta ativa ou inativa do
trabalhador.
O
anúncio da medida será feito na tarde desta quarta-feira (24), no Palácio do
Planalto. Segundo ele, além do teto de R$ 500, haverá uma regra de
proporcionalidade para calcular o valor de retirada.
Em
entrevista à Rádio Gaúcha, ele explicou que o percentual de liberação será
determinado pelo saldo da conta. Os trabalhadores que tiverem menos recursos
guardados poderão sacar uma proporção maior.
“O
limite é de R$ 500. Aí tem uma proporção que vai ser apresentada. Vai ter uma
proporcionalidade. Quem tem pouco pode tirar percentual maior. E quem tem mais
pode tirar um percentual menor”, disse.
Segundo
ele, serão liberados R$ 40 bilhões do FGTS -R$ 30 bilhões em 2019 e R$ 10
bilhões em 2020- e mais R$ 2 bilhões do PIS/Pasep. A retirada será no mês de
aniversário da conta do trabalhador, de agosto a 2019 a março de 2020.
Ele
explicou que, caso o mês de aniversário não esteja inserido no período, haverá
um calendário de retirada preparado pela Caixa.
“Será
para todas as faixas de trabalhadores e a retirada será opcional. O trabalhador
terá toda a liberdade de usar ou não esse dinheiro. Hoje, há 63 milhões de
pessoas com dívidas registradas no Serasa”, explicou.
O
limite máximo é menor do que o especulado anteriormente, com saques que iriam
até R$ 3.000, número próximo à média de endividamento do brasileiro.
Segundo
dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas) de junho, o inadimplente deve, em média, R$ 3.252,70. A
maior parte dos atrasos se concentra em contas de água e luz. Até abril deste
ano, cerca de 41% da população adulta, 62,6 milhões de brasileiros, estavam no
vermelho.
Portal Mix Vale