O Comitê Internacional da Cruz
Vermelha (CICV) homenageia, no Dia Mundial Humanitário, comemorado hoje (19),
mulheres que atuam em áreas de conflito no mundo inteiro. Entre as homenageadas
está a médica brasileira Nádia Rudneck, especializada em trauma e emergência.
Atualmente, Nádia faz mestrado em ação humanitária internacional e atua como
cirurgiã em um hospital militar no Sudão do Sul, onde é a única mulher da
equipe. Ela integra o Comitê da Cruz Vermelha e diz que pretende continuar a
desenvolver ações humanitárias.
“Eu vejo que para pacientes do sexo
masculino não muda se você é mulher ou homem. Mas sinto que com pacientes do
sexo feminino, elas provavelmente se sentem um pouco mais confortáveis
em teruma médica, cirurgiã, do mesmo sexo que elas”, afirma.
A data, criada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), é comemorada para mostrar a importância de quem deixa casa
e família para ajudar pessoas em situação de risco.
O Dia Mundial Humanitário coincide com
a data do ataque terrorista contra a sede da ONU em Bagdá, no Iraque, que feriu
150 funcionários e matou 22. Uma das vítimas foi o diplomata brasileiro e então
chefe do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos
Humanos (ACNUDH), Sergio Vieira de Mello.
Segundo o CICV, o trabalho humanitário
é fundamental em áreas de conflito, principalmente para atender mulheres, que
em geral são afetadas de forma desproporcional, vítimas de ameaças ou violência
sexual.
De acordo com dados do Alto
Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), em todo o mundo, 132 milhões de
pessoas precisam de assistência humanitária devido a conflitos, repressões e
desastres naturais. Metade desse grupo é representado por meninas e mulheres
que diariamente enfrentam discriminação e violência.
Agência Brasil