A renda obtida como
microempreendedor individual (MEI) é a única fonte de recursos de 1,7 milhão de
famílias, diz a 6ª pesquisa Perfil do MEI, feita pelo Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com a pesquisa, isso
significa que 5,4 milhões de pessoas no país, considerando quatro pessoas por
família, dependem da renda de um MEI. Os dados mostram ainda que a renda média
familiar desse segmento alcançou R$ 4,4 mil, o equivalente a pouco mais de
quatro salários mínimos.
A pesquisa entrevistou
10.339 microempreendedores individuais entre 1º de abril e 28 de maio deste ano
em todos os estados brasileiros. Segundo o Sebrae, a sondagem alcança 95% de
nível de confiança e 1% de margem de erro, delineando as principais
características desses empreendedores.
Os números mostram que
a atividade de microempreendedor individual é a única fonte de renda de 76% dos
entrevistados. De acordo com os dados, 61% dos MEI se formalizaram atraídos
pelos benefícios do registro (ter uma empresa formal, possibilidade de emitir
nota, poder fazer compras mais baratas), 25% por conta dos benefícios
previdenciários e 14% por outros motivos diversos.
“Os resultados do
levantamento mostram que 33% dos MEI estavam na informalidade (como
empreendedores ou empregados) antes de optarem pelo registro como
microempreendedor. Deste universo, 48% empreendiam sem CNPJ por 10 anos ou
mais”, disse a assessoria do Sebrae.
De acordo com o
levantamento, a formalização foi responsável direta pelo aumento das vendas dos
negócios para 71% dos entrevistados, enquanto 72% indicaram melhoria nas
condições de compra junto aos fornecedores.
“Os jovens, na faixa
etária de 18 a 29 anos de idade, lideram o ranking dos que procuram autonomia
financeira como MEI (41%). Contudo, o percentual de microempreendedores cai à
medida que o empreendedor envelhece. Entre 30 a 39 anos, (37%); dos 40 a 49
(32%) e os com mais de 50 anos registram 21%”, diz a pesquisa.
Os dados mostram ainda
que 40% dos entrevistados usam a própria residência como local de trabalho. A
pesquisa revela que, nos municípios mais carentes, é mais comum o
microempreendedor individual atuar em um estabelecimento comercial (49%). “Essa
opção, no geral, soma 28%, enquanto os MEI atuante na casa ou empresa do
cliente são 17%. Os ambulantes são 11% e os que atuam em feiras, shopping popular
e outros locais representam 4%”, diz a pesquisa.
Agência
Brasil



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