O
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmou que o governo federal
estuda liberar a exportação de madeira in natura (sem nenhum tipo de
beneficiamento) de árvores nativas da Amazônia. Esse tipo de atividade,
hoje, é ilegal. A autorização foi solicitada ao ministério pelo setor madeireiro,
que enxerga na mudança da legislação ambiental uma forma de incrementar as
exportações.
Salles
reconheceu disse que o assunto está sendo analisado tecnicamente. “Há uma
série de considerações feitas de parte a parte. De um lado, há os que entendem
que isso poderia eventualmente estimular o mercado de desmatamento. Por outro
lado, verificamos que [na construção da Usina Hidrelétrica de] em Belo Monte,
cerca de 500 hectares [de vegetação] foram suprimidos sem nenhum aproveitamento
da madeira, que continua sendo suprimida, por exemplo, na abertura de rodovias
e em áreas privadas devido ao impedimento de aproveitá-las”, disse.
O
ministro disse que a autorização para exportação in natura pode ser
uma alternativa viável para casos específicos. “A decisão será tomada de forma
equilibrada, em um momento adequado”, garantiu o ministro, ao participar, hoje
(27), de uma audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.
Óleo
Salles
disse ainda que o ministério colaborará com a Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que será instalada na Câmara dos Deputados para investigar o derramamento
de óleo que atingiu aos nove estados do Nordeste, além do Espírito Santo e de
um trecho do litoral do Rio de Janeiro. E afirmou não ver problemas na decisão
do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que, na semana passada, autorizou
a quebra de seu sigilo bancário.
“Isso
faz parte. Inclusive as informações já disponibilizadas foram prestadas por mim
mesmo e, portanto, não há problema nenhum”, afirmou o ministro.
Fonte: Agencia Brasil