A
Prefeitura de Viana pediu ao governo federal que os moradores do município que
foram prejudicados em razão das chuvas tenham direito a sacar o Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
De
acordo com o secretário de Defesa Social de Viana, o coronel Alexandre Ramalho,
a Defesa Civil, por meio da prefeitura, enviou ao governo federal um documento
apontando os problemas causados pela chuva em toda a cidade.
“A
partir daí, o prefeito de Viana vai solicitar ao governo federal a liberação do
FGTS para as pessoas que efetivamente tiveram suas casas atingidas pela chuva,
principalmente estrutural, que merecem uma reforma”, explica ele.
Viana
é uma das seis cidades que decretaram situação de emergência devido às
enchentes. Durante o período das fortes chuvas, o município chegou a ter 385
pessoas fora de suas casas, entre desabrigados e desalojados.
Uma
passarela, que ligava a cidade à Cariacica, também foi levada pela cheia do Rio
Formate. De acordo com a Prefeitura, mais de 20 bairros foram impactados.
“A
gente cita como exemplo a comunidade de Santo Agostinho, que foi severamente
atingida pelo nível do Rio Jucu e pelo córrego de Santo Agostinho, que foi
invadido pelo rio e aí as residências foram realmente atingidas”, aponta
Ramalho.
Agora,
os moradores ainda contabilizam os prejuízos. A loja de peças de moto da
empresária Silvana Barbosa ficou debaixo d’água e o prejuízo foi grande.
“Foi
na faixa de 1,7 metro de água dentro da loja. Tudo que tinha no depósito, as
motos que estavam dentro da oficina para serem consertadas, o carro, encheu
tudo de água”, lamenta ela.
Para
ter direito ao saque do FGTS, os moradores precisam comprovar que moram em
bairros atingidos pela chuva e que sofreram prejuízos. No entanto, nem todos
possuem dinheiro disponível para sacar, ainda que precisem.
Este é
o caso do morador Domingos Reinaldo Filho, que perdeu muitos bens, mas não
poderá recorrer ao auxílio. “Saquei em 2013 devido à chuva que teve. E agora
depositou o restinho que tinha, que ficou para trás e eu tirei”.
Para o
coronel Alexandre Ramalho, o saque do FGTS funciona como um paliativo.
“Muitos
usaram em enchentes passadas. Não sabemos bem o que as pessoas realmente têm em
conta. Mas acreditamos que sim, o município foi muito castigado, quer seja pela
questão dos rios, que seja pela questão das encostas, que abalou severamente as
estruturas das casas", finalizou.
Fonte: G1 ES