Cerca
de 68% das crianças registradas em 2018, mas nascidas em anos anteriores, estão
no Norte e Nordeste do país. Dos 83.716 registros tardios, 31.019 aconteceram
no Norte e 26.040 no Nordeste.
Esses
quase 84 mil registros representam 3% dos 2.983.567 nascimentos cadastrados em
cartórios no ano passado, informam as Estatísticas do Registro Civil,
divulgadas ontem (4) pelo IBGE.
Ao
falar dos registros tardios, a gerente da pesquisa, Klivia Brayner, explica que
a cobertura ainda não é total em certas regiões. “Locais mais afastados, com
acesso só de barco, apresentam dificuldades. Mas há um movimento governamental
de incentivar que as pessoas registrem seus filhos, principalmente na região
Norte, com mutirões”.
No
recorte de idade da mãe na ocasião do parto, a tendência de crescimento da
proporção de mulheres que tiveram filhos após os 30 anos, já detectada nos
últimos anos, se mantém. Esses resultados corroboram com a redução das taxas de
fecundidade das mulheres mais jovens. Ao todo, mais de 968 mil registros de
nascimentos eram de filhos com mães de 30 a 39 anos, o que representa 33,4% do
total. No Sudeste (37,3%) e no Sul (36,4%), a proporção é maior que a do
restante do país.
Já no
Norte e Nordeste, chama mais atenção o número de mães adolescentes. Metade dos
registros de nascimento no Norte é de mulheres que na ocasião do parto tinham
até 24 anos, sendo 20% do total de 15 a 19 anos.
A
situação é menos alarmante no Nordeste, com 43,9% de mães até 24 anos, mas com número
ainda alto (17,2% do total) na faixa de 15 a 19 anos.
Óbitos por causas não naturais
diminuem em 10 anos
O
estudo mostrou também o percentual de registros de óbitos por causas não
naturais no Brasil, aquelas motivadas por violência como homicídios, suicídios
e acidentes de trânsito. Em comparação com 2008, houve queda de 10,2% para 8,4%
do total de óbitos registrados, que ano passado foi de 1.279.948 (com sexo e
idade informados). Todas as regiões apresentaram queda, exceto o Nordeste, que
subiu de 10,2% para 11,4%.
As
estatísticas de 2018 mantiveram a tendência de 2017, demonstrando que a chance
de um homem com idade entre 20 e 24 anos morrer de causas violentas é 11 vezes
maior que a de uma mulher na mesma faixa etária.
Os
estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe e Ceará apresentaram 80% ou mais
dos óbitos masculinos na faixa de 15 a 24 anos por causas não naturais,
liderando o ranking no quesito.
Fonte: Agencia IBGE Noticias



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