Os
deputados da Bancada Capixaba fizeram 296 discursos no plenário da Câmara em
nove meses de mandato.
Quem
menos falou foi o parlamentar mais votado da Câmara, ano passado, Amaro Neto.
Já a novata Dra. Soraya foi quem fez mais pronunciamentos no período.
O
segundo lugar ficou com o deputado Josias da Vitória, coordenador da bancada
capixaba. Amaro, Lauriete (PL) e Norma Ayub (DEM) foram os três que menos
falaram. A bancada tem dez deputados.
Amaro
que tem pretensão de ser candidato a prefeito fez apenas um discurso no dia 16
de maio, mas disse que o número de discursos não define se o parlamentar é
atuante.
“A
prova disso é que somos primeiro lugar da bancada em número de projetos
apresentados no primeiro semestre (44), dois projetos aprovados em comissão, 13
relatorias (pareceres aprovados em comissões) e 100% de presença nas sessões”,
disse o deputado.
“A rotina
parlamentar não se concentra apenas nas atividades em plenário. Além das
sessões, realizamos atendimento no gabinete e atuamos na Comissões, onde os
debates são mais propositivos e específicos”, acrescentou.
Em seu
único discurso, Amaro criticou o alto índice de desemprego no país, e destacou
a importância do trabalho para o povo capixaba em sua fala: “o trabalho é tão
importante para os capixabas que o lema da nossa bandeira é ‘Trabalha e
Confia’”.
O
deputado lamenta que a situação do país esteja do mesmo jeito “se olharmos
especificamente para nosso estado, a taxa de desocupação ainda é alta, embora
quase 70 mil tenham conseguido emprego em 2019. São mais de 200 mil capixabas
desempregados, tendo que recorrer à informalidade.”, afirma. Ele acredita que
as reformas podem mudar o rumo da economia.
A
deputada Lauriete só fez três discursos na tribuna da Câmara, mas acha que
falar pouco em plenário não significa ser menos atuante, para ela é preferível
falar pouco do que “vulgarizar” a Tribuna.
“Usar
o microfone em pronunciamentos e apartes não é difícil, mas o Brasil não
precisa somente nos ouvir, precisa nos ver exercendo o nosso papel em benefício
ao povo brasileiro.”, disse a deputada.
Amaro
e Lauriete compartilham da mesma opinião: “o mandato não é limitado ao
plenário, nas votações importantes e nos longos discursos, mas também
apresentação de projetos de lei com alcance social” afirma a deputada e
destaca:
“Este
ano já apresentei 28 projetos de lei. Devemos também olhar para os municípios
levando recursos para os prefeitos, que sofrem com a crise econômica. O mandato
vai até 2022 e teremos muitas oportunidades para levar mensagens necessárias
para o povo. Falar por vaidade não passa credibilidade”.
Do
outro lado da balança, a deputada que mais falou no plenário, Dra Soraya (PSL),
com 138 discursos feitos, acredita que está cumprindo as expectativas de seus
eleitores e é categórica:
“A
Tribuna do Plenário é livre para que qualquer um de nós parlamentares possa se
pronunciar e é nesse lugar que falo e continuarei expressando minhas opiniões,
sugestões e pronunciamentos a qualquer tempo e quando eu achar necessário”,
disse Soraya.
A
assessoria de imprensa do deputado Sergio Vidigal (PDT) disse por meio de nota
que a atuação dele é maior nas comissões do que no Plenário, onde, segundo a
nota, quem fala mais são os líderes e vice-líderes.
Agência Congresso


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